Motorista é preso por participar e simular roubos dos cigarros que transportava

Motorista é preso por participar e simular roubos dos cigarros que transportava

Segundo a Polícia Civil, ele fingiu que era vítima dos assaltos ocorridos em Cachoerinha e Gravataí

Correio do Povo

Rádios comunicadores foram apreendidos

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Um motorista de uma empresa terceirizada, que presta serviço de entregas para um fabricante de cigarros, foi preso por envolvimento e simulação de roubo das próprias mercadorias que transportava na Região Metropolitana de Porto Alegre. O funcionário foi detido em Cachoeirinha pela equipe da Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas (DRFC), do Departamento Estadual de Investigações Criminais, sob a coordenação do delegado Alexandre Luiz Fleck, na manhã desta quarta-feira. A ação teve amparo judicial e resultou ainda na detenção de um assaltante.

No dia 4 de novembro de 2021, em Porto Alegre, o motorista registrou um roubo de carga de cigarros. No entanto, os policiais civis tiveram a atenção despertada pelo fato de que, nas imagens de câmeras de segurança, ele conversou com um assaltante, verbalizando "se falamo depois" (sic). Na ocasião, o assalto causou um prejuízo de R$ 47,5 mil.

Já no dia 11 de novembro de 2021, em Gravataí, o motorista comunicou novamente que foi assaltado. O relato dele mostrou incongruências entre o depoimento e fatos identificados pela investigação da DRFC. Uma testemunha ocular do roubo passou também informações que reforçaram a suspeita de envolvimento dele com o criminoso. O roubo teve prejuízo de R$ 47,9 mil.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e de prisão temporária nesta manhã, os agentes encontraram rádios comunicadores na residência do motorista. Os aparelhos estavam sintonizados na faixa de comunicação policial.

O delegado Alexandre Luiz Fleck frisou que a DRFC “está atenta aos possíveis crimes de subtração de cargas falsamente registradas como roubos, com a participação de motoristas e/ou outros funcionários ligados às empresas alvos de ações criminosas”. O trabalho investigativo terá prosseguimento devido à desconfiança de que existem mais dois envolvidos no crime.


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