MP de Encantado pede a prisão preventiva de dentista vizinho de Jacir Potrich

MP de Encantado pede a prisão preventiva de dentista vizinho de Jacir Potrich

Promotor André Prediger irá indiciar o acusado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver

Correio do Povo

Promotor André Prediger anunciou novo pedido de prisão ao lado da viúva e do filho de Jacir Potrich

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O promotor de Justiça André Prediger, de Encantado, concedeu entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira para apresentar novidades sobre o desaparecimento do gerente bancário Jacir Potrich, de 55 anos, que ocorreu no dia 13 de novembro de 2018, no condomínio em que morava com a família em Anta Gorda, no interior do Vale do Taquari. Prediger anunciou que pediu a prisão preventiva do acusado, o dentista e vizinho da vítima Carlos Patussi. Ele está sendo indiciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A coletiva foi acompanhada pela mulher de Jacir , Adriane Potrich, e do filho do casal, Vinicius Potrich.

O dentista, de 52 anos, vizinho e amigo da vítima, foi preso no dia 23 de janeiro, em Capão da Canoa, no Litoral Norte. Encaminhado ao Presídio Estadual de Encantado, foi solto no dia 31 do mesmo mês graças a um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Estado. O desembargador Honório Gonçalves da Silva entendeu a prisão como desnecessária pois o dentista não apresentava risco de fuga e nem atrapalhava as investigações. O advogado de defesa Paulo Olímpio Gomes de Souza assegurou, na época, que não existiam provas contra o seu cliente.

Jacir Potrich sumiu após retornar de uma pescaria e ter limpado os peixes em um quiosque de uso comum do condomínio residencial em que residia na cidade. O automóvel da vítima ficou estacionado na garagem. As câmeras de segurança do condomínio registraram o gerente chegando, mas não mostram a saída dele depois.

Nas investigações, os policiais civis analisaram as imagens do local e descobriram que o dentista subiu no telhado e depois mexeu em duas câmeras de vigilância no pátio do condomínio, usando inclusive um cabo de vassoura para mudar o posicionamento de ambas. Para os agentes, o crime teria ocorrido a partir da animosidade entre o dentista e o gerente por conta do fim da locação do prédio de propriedade do suspeito.

O advogado Paulo Olímpio Gomes de Souza, que defende Patussi, considerou a atitude do promotor de apresentar denúncia como “apressada” e “sem base condenatória”. Segundo o profissional, o inquérito que está sendo produzido pela Polícia Civil ainda não foi concluído. “O promotor ofereceu uma denúncia contra o dentista acusando-o de ser o autor da morte de Jacir sem provas de materialidade e de autoria”, afirmou. 

Gomes de Souza lembrou que o Instituto de Perícia colheu provas no quiosque onde teria ocorrido o crime, no carro, na roupa e na casa do dentista e todas deram negativa. Lembrou que a tese que o seu cliente teria ficado indiferente a morte não se justifica, já que o dentista participou das buscas com a polícia e com os vizinhos. 
 

 


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