"Muito apreensivo", diz pai de Henry Borel antes de audiência

"Muito apreensivo", diz pai de Henry Borel antes de audiência

Leniel Borel disse achar "estranho" o sumiço de seis testemunhas que não confirmaram presença na audiência de instrução

R7

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Leniel Borel, pai de Henry Borel, de 4 anos, morto em 8 de março deste ano, chegou ao TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) no início da manhã para a primeira audiência do processo no qual a mãe do menino, Monique Medeiros, e o ex-vereador Jairo Souza dos Santos Júnior são réus.
Na chegada, Leniel cobrou respostas de Monique e se disse apreensivo com o sumiço de testemunhas.

“Tenho vivido muito apreensivo, ainda mais agora com o ‘sumiço’ de testemunhas essenciais para resolver o caso — pediatra, diretor do hospital, a babá, que tem muito a contribuir. A ex-mulher do Jairo, que tem muita coisa pra falar sobre ele. E, por último, a própria manicure que atendeu a Monique também não apareceu. Muito estranho seis testemunhas-chave não aparecerem. Não sei qual a estratégia de defesa dela, mas estamos esperando. A Monique teve toda a oportunidade do mundo de falar na delegacia, chamou jornalista no presídio e nada falou. O que a gente precisa saber é o que aconteceu com o Henry entre as 19h30, quando eu entrego ele bem, e as 3h50, quando ele sai morto daquele hospital. Espero que a Monique revele isso.”

A audiência de instrução começou por volta das 9h30. Durante os depoimentos das testemunhas, Monique se manteve quieta e imóvel, apenas fazendo anotações em um papel. A mãe da criança participa da sessão presencialmente, acompanhada de seus advogados. Um deles, Thiago Minagé, chegou a discutir com a juíza Elizabeth Machado Louro durante a audiência.

Já o ex-vereador Jairinho acompanha a audiência de forma online, do presídio de Bangu 8, onde está preso, devido aos protocolos da Covid-19. Segundo a reportagem da Record TV Rio, caso ele saísse do Complexo de Gericinó, no retorno deveria ser mantido em quarentena por dez dias.
Ao todo, 12 testemunhas foram convocadas, mas ainda não há informações de quantas e quais compareceram à audiência.

“Que a verdade comece a ser esclarecida”

Na terça-feira (5), véspera da primeira sessão, Leniel postou uma foto com o filho ainda bebê em uma rede social e um texto no qual dizia que estava criando Henry para “fazer a diferença nesta sociedade”.

Leniel também escreveu que, após a morte da criança, se sente como “se estivesse amputado” e se referiu a Jairinho e Monique como “dois monstros”.

"A expectativa é que amanhã a verdade comece a ser esclarecida. Estamos lutando diariamente para que a Justiça seja feita e os dois monstros que assassinaram brutalmente meu filhinho sejam punidos!", escreveu.

 


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