Nova gestão do Tribunal de Justiça Militar do RS toma posse no biênio do centenário
Coronel Paulo Roberto Mendes Rodrigues afirmou que corte atuará com "muita energia"
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Com o compromisso de substituir o presidente Fernando Guerreiro de Lemos, Mendes rodrigues afirma que dará continuidade ao trabalho feito e que deseja mostrar sua capacidade pessoal. “Sempre agi com muita energia por onde passei e assim será agora. Assumo em um momento histórico e isso me dá muita alegria. Nossa principal meta é investir no relacionamento externo, seja em tribunais, com a imprensa e com a população, para demonstrar a importância do TJM-RS”, declarou.
Rodrigues entrou na Brigada Militar em 1975 e se formou em 1977. “Percorri uma carreira de 33 anos comandando várias unidades, como o 9° Batalhão e a Região Metropolitana. Fui subcomandante e comandante da corporação. Em 2008 cheguei ao tribunal e agora chegou o meu momento de presidí-lo”, contou. “Nós estamos entre as três melhores polícias do país, junto com São Paulo e Minas Gerais. Todas têm o seu tribunal”, destacou. De acordo com ele, a sobrevivência da justiça especializada é fundamental para toda a sociedade.
Presente na solenidade, o titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Cezar Schirmer, disse que o novo presidente é um militar exemplar. “A função do policial militar é diferenciada, ainda mais em uma sociedade violenta e permissiva em que vivemos. O agente recebe do Estado uma delegação, para que em nome da sociedade, possa exercer sua autoridade de combate ao crime no exercício das atividades de regrar a conduta dos cidadãos no seu dia a dia”, detalhou. Tudo isso é feito com o uso de uma arma, o que é uma peculiaridade do servidor. “Por isso, é necessário que haja um tribunal que aprecie e julgue as condutas e dê, caso seja preciso, uma resposta qualificada, enérgica, firme e exemplar.”
Segundo o secretário, caso a fiscalização judicial seja frágil e lenta, torna-se um estímulo para que “maçãs podres corrompam toda uma instituição.” Schirmer afirma que a Brigada Militar deve ser um paradigma de honradez, seriedade e de boa conduta. “Ouço manifestações pela extinção do tribunal e me atrevo a dizer que isto é o que eu poderia chamar de economia boba. Imaginem se tivéssemos uma polícia maculada, onde seus integrantes não tivessem a compreensão de seus deveres. Imaginem os prejuízos incalculáveis que teríamos ao Estado.”
Ao deixar a presidência, Lemos enalteceu a gestão feita, focada na modernização. Conforme ele, o tribunal está completamente informatizados. “Fomos, nos últimos três anos Selo Ouro, pela produtividade e celeridade que tivemos. Além disso, economizamos seis milhões de reais do orçamento que nos é destinado”, frisou. Ele garantiu que deixa a casa organizada e deseja sorte ao novo líder. “Que o Mendes conduza com serenidade e segurança para prestar serviço à sociedade gaúcha. É o TJM que faz com que a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros Militar tenha rigidez, figuras limpas na atuação. É responsabilidade dele julgar o Estado perante a sociedade.”