Novos suspeitos de envolvimento na morte de Paula Schaiane Perin Portes são investigados

Novos suspeitos de envolvimento na morte de Paula Schaiane Perin Portes são investigados

Polícia Civil apurou também que líder de facção em Soledade foi quem arquitetou a execução da jovem

Correio do Povo

Corpo da vítima foi encontrado em um matagal na zona rural do município

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A delegada regional Fabiane de Vargas Bitencourt anunciou no final da manhã desta segunda-feira a suspeita de que outras pessoas podem ter ajudado na ocultação do corpo de Paula Schaiane Perin Portes, 18 anos, desaparecida na noite do dia 10 de junho passado em Soledade. O cadáver da vítima foi encontrado no final da noite de domingo dentro de uma cova profunda no interior de uma mata fechada, de difícil acesso, na localidade do Rincão do Bugre, na zona rural do município. “Estamos definindo a participação de cada uma no cenário do crime”, resumiu. “Os novos suspeitos ainda não foram ouvidos. Nesta semana vamos trabalhar neste sentido”, adiantou.

Em uma nova entrevista coletiva à imprensa prestada na delegacia, a delegada Fabiane de Vargas Bitencourt confirmou também que um dos quatro envolvidos no crime é o líder da facção Os Manos na cidade, sendo apontado como quem arquitetou a morte da jovem. “A maioria dos crimes são comandados e determinados por facções. Esse crime não foi diferente”, considerou. Além deste criminoso, outros dois indivíduos estão presos. Ela disse ainda que o principal foco do trabalho policial é agora capturar o que está foragido e possivelmente o executor da vítima que teria sido asfixiada. “Vamos continuar nas buscas e localizá-lo”, garantiu. “No curso da investigação ficou comprovado dentro dos autos que os quatro participaram efetivamente do crime”, frisou. Já um quinto suspeito, proprietário da residência na qual a vítima foi atraída para se encontrar com o foragido, entrará como testemunha no inquérito, cujo prazo foi prorrogado. Laudos da necropsia feita pelo Instituto-Geral de Perícias estão sendo aguardados.

A descoberta do cadáver da vítima foi considerada fundamental. “A localização do corpo era muito importante do ponto de vista da imputação de responsabilidade dos indivíduos. O objetivo com a ocultação era o de se eximirem da responsabilidade do crime. A não localização do corpo abriria brechas defensivas”, avaliou a delegada Fabiane de Vargas Bitencourt, lembrando que “em nenhum momento os investigados auxiliaram” o trabalho investigativo. “Apesar do conjunto probatório, eles não assumem que participaram do crime”, observou. O encontro do corpo, acrescentou, serviu ainda para que fosse devolvido à família.

Para a delegada Fabiane de Vargas Bitencourt, o desfecho positivo das investigações até o momento se deve ao trabalho dia e noite dos policiais civis empenhados no caso e também à colaboração da comunidade com informações. Os envolvidos devem ser indiciados por homicídio qualificado com ocultação de cadáver, mas também podem ser enquadrados em associação criminosa. “Temos elementos probatórios para manter todos presos. Esperamos que a justiça seja feita e que eles sejam responsabilizados pelo crime que cometeram, pela crueldade e maldade que fizeram com essa menina”, finalizou.


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