Operação combate facção que cometia extorsão e agiotagem na região Metropolitana

Operação combate facção que cometia extorsão e agiotagem na região Metropolitana

Investigação da Polícia Civil apurou que dívidas de clientes de pequenos estabelecimentos também era adquiridas pelo grupo criminoso do Vale do Rio dos Sinos

Correio do Povo

Houve cumprimento de três mandados e prisão temporária e dias ordens de busca e apreensão em Esteio e Canoas

publicidade

A Polícia Civil deflagrou no começo da manhã desta quinta-feira a operação Capanga com o objetivo de combater os crimes de extorsão e agiotagem praticados na região Metropolitana de Porto Alegre por uma facção criminosa do Vale do Rio dos Sinos. A ação foi coordenada pela DP de Esteio, sob comando da delegada Luciane Bertoletti.

Durante a ação, os policiais civis cumpriram três mandados judiciais de prisão temporária e outras duas ordens de busca e apreensão em Esteio e Canoas. Dois suspeitos foram presos. Os agentes recolheram documentos, tabelas de empréstimo, anotações, telefones celulares e quantias em dinheiro.

De acordo com a investigação, os criminosos praticavam a agiotagem diretamente por meio de empréstimo de dinheiro às vítimas. Eles também “compravam” dívidas antigas de clientes de estabelecimentos comerciais locais.

A cobrança de quem não pagava em dia os valores do empréstimo ou o valor da dívida “vendida” era feita por meio de coação, constrangimento, ameaça e chantagem, sempre com muita agressividade.

Conforme os policiais civis, os agiotas da facção abordavam inclusive as vítimas nos seus locais de trabalho e em suas residências, portando armas de fogo. Eles exigiam o valor e dando prazo exíguo para o cumprimento da suposta obrigação.

Em um dos casos, os criminosos foram até o local de trabalho da vítima, a ameaçaram e exigiram o pagamento até o final do dia, constrangendo todos que ali estavam, fazendo com que a vítima perdesse o emprego e mudasse de cidade.

Segundo a delegada Luciane Bertoletti, “o grupo emprestava o dinheiro e após alguns dias passava a cobrar juros excessivos das vítimas, que eram obrigadas a pagar parcelas intermináveis, pois estavam sob ameaça de morte”.

Já o diretor da 2ª Delegacia Regional Metropolitana (2ªDPRM), delegado Mario Souza, declarou que “a extorsão é um crime grave e que abala a vida pessoal da vítima, a intervenção da Polícia será sempre enérgica”.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895