Operação combate grupo criminoso que traficava armas e drogas em Bagé e Pelotas

Operação combate grupo criminoso que traficava armas e drogas em Bagé e Pelotas

Polícia Civil descobriu inclusive um esquema de lavagem de dinheiro com extensão em todo o país

Correio do Povo

Houve sequestro de imóveis de luxo e veículos, além de bloqueios de contas bancárias

publicidade

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira uma ofensiva contra uma organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas e fornecimento de armamentos nas regiões de Bagé e Pelotas. A operação Carga Pesada, que visa combater o crime organizado e a lavagem de dinheiro, foi coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Bagé, sob comando do delegado Cristiano Ritta. O setor de inteligência da Brigada Militar atuou junto.

Houve o cumprimento de mais de 60 ordens judiciais no Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. No RS, os mandados de buscas e sequestros de bens ocorreram em Bagé, Pelotas e Charqueadas. A Polícia Civil representou pelo sequestro de imóveis e veículos, bem como bloqueios de contas bancárias, além da prisão do líder do grupo criminoso, um apenado recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

A investigação começou a partir da identificação de uma célula da organização criminosa, responsável pelo abastecimento de grande parte da droga distribuída na região da fronteira com o Uruguai. Além do líder do grupo, os policiais civis conseguiram identificar um outro detento, também da Pasc, que atuava como o principal fornecedor de drogas, em um nível hierárquico superior.

De acordo com o delegado Cristiano Ritta, trata-se de “um indivíduo de altíssima periculosidade, que atualmente está foragido do sistema prisional, após ter rompido a tornozeleira eletrônica” em abril deste ano.

Durante o trabalho investigativo, os agentes da Draco de Bagé interceptaram várias cargas de droga, com apreensões de mais de 50 quilos de cocaína e de crack e mais de 100 quilos de maconha. Três laboratórios de refino de entorpecente, que os criminosos tentaram instalar em Bagé, também foram fechados.

Com o aprofundamento das investigações, os policiais civis identificaram um complexo esquema de lavagem de dinheiro que distribuía o dinheiro do tráfico de drogas por centenas de contas bancárias espalhadas por todo o país. O dinheiro era depositado nessas contas bancárias a partir do Interior do Rio Grande do Sul, sendo destinado ao pagamento dos carregamentos e retornava com aparência lícita para compra e construção de imóveis e veículos. Mais de 300 comprovantes de depósito, em um sistema de pagamentos de cerca de R$ 50 mil por semana, foram encontrados.

O delegado Cristiano Ritta destacou que o trabalho conjunto com a Brigada Militar e a Polícia Rodoviária Federal em Bagé “tem garantido que uma importante quantidade de droga seja retirada todos os meses das ruas, além do combate financeiro ao crime organizado”  


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895