Operação contra tráfico de drogas tem 13 presos em Viamão

Operação contra tráfico de drogas tem 13 presos em Viamão

Drogas, armamento, dinheiro e celulares foram apreendidos nesta terça-feira

Correio do Povo

200 agentes foram mobilizados na ação

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A Operação Coringa, deflagrada na manhã desta terça-feira, em Viamão, resultou na prisão de 13 pessoas e na apreensão de um menor infrator, celulares, entorpecentes, armamentos e munições. A ação contra o tráfico de drogas na região metropolitana de Porto Alegre é resultado de uma investigação de seis meses contra uma organização com base no Vale dos Sinos que formava um braço fora daquela região. Foram mobilizados 200 agentes, 60 viaturas e cães farejadores do canil do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) para cumprir 36 mandatos judiciais.

Além do material recolhido, foram fechados 50 pontos de venda de ilícitos nos bairros São Lucas, Viamópolis, Santo Onofre, Vila Orieta, Sepé Tiaraju, Recanto da Lagoa, Parque Jaguaribe e Vila Martinica. A tática usada pelos integrantes foi a de "empreendedorismo social", conforme o delegado da Polícia Civil e Diretor de Investigações do Denarc, Mario Souza. "Esse grupo fez melhorias em diversas zonas para atrair mais pessoas e camuflar os crimes. Ele também é conhecido pela violência em relação à Polícia, pois alguns integrantes já ameaçaram policiais", comentou. Apesar disso, não houve hostilidade no decorrer da operação, pois foram usadas as táticas mais enérgicas dentro da legalidade.

A organização criminosa era bastante estruturada e planejava potencializar os lucros causando uma ressocialização nas comunidades, com a criação de canchas de futebol, abertura de bares e investimentos em iluminação pública. Em aúdio divulgado pelo Denarc, um dos envolvidos no esquema comenta que cada lâmpada custava R$ 250. Um dos pontos de venda, somente no turno da noite, rendia cerca de R$ 5 mil, conforme a investição.

Os suspeitos apontados como líderes da facção são irmãos. O primeiro foi preso em julho, em Santa Catarina, e era apelidado como Coringa - por isso o nome da operação -, e o segundo está foragido há mais dois anos. Um dos mandatos de prisão era justamente para ele, que não foi encontrado. Eles passavam ordens em nome do grupo, influenciando integrantes a provocar rivais com o intuito de não atrair a atenção da polícia.

O delegado Mario Souza disse que “chama a atenção algumas confirmações em elementos informativos das investigações que demonstram os narcotraficantes com plena noção empresarial e além disso com considerável capacidade empreendedora, buscando melhorar e ampliar o negócio de tráfico de drogas na região”. Ele ainda destacou que as investigações continuam em relação às questões financeiras da quadrilha.

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