Operação mira organização criminosa ligada a jogos de azar e lavagem de dinheiro no RS

Operação mira organização criminosa ligada a jogos de azar e lavagem de dinheiro no RS

Polícia sequestrou judicialmente R$ 10 milhões de grupo que atua na região Metropolitana e no Vale do Sinos

Correio do Povo

Houve o cumprimento de 143 ordens judiciais

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A Polícia Civil deflagrou ao amanhecer desta quinta-feira a operação Fim de Jogo com o objetivo de sequestrar judicialmente cerca de R$ 10 milhões de uma organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro, ocultação e integração de bens e valores, além da exploração de jogos de azar, na região Metropolitana e Vale do Rio dos Sinos. A ação, coordenada pelo delegado Gabriel Borges, da 1ª DP de Sapucaia do Sul, teve a participação da Brigada Militar.

Cerca de 300 policiais civis e militares cumpriram 143 ordens judiciais em Esteio, Canoas, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Porto Alegre, Nova Hartz  e Campo Bom, sendo 33 mandados de busca e apreensão domiciliar; 42 de sequestro e indisponibilidade de bens móveis e imóveis, de bloqueios de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas; bem como 68 de quebra de sigilo fiscal, bancário e tributário.

Deste total, 33 mandados de busca e apreensão, 42 indisponibilidades de bens móveis e imóveis e 68 quebras de sigilo bancário, fiscal e tributário, totalizando aproximadamente 10 milhões de reais em valores bloqueados.

Ao longo da investigação foi apurado que ao menos 20 pessoas integram um grupo bem organizado que explora jogos de azar nas cidades de Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo. Houve a constatação também de um esquema complexo de lavagem de dinheiro dos valores arrecadados com a exploração da jogatina.

Conforme o trabalho investigativo, os criminosos adquiriam imóveis para conversão dos valores ilícitos, além de mais de duas dezenas de veículos de luxo. Além disso, o grupo constituiu várias empresas de fachada para a prática da lavagem de dinheiro.

Por outro lado, os suspeitos promoviam ainda aglomerações em períodos de pandemia, em ambientes fechados e com as pessoas sem nenhum tipo de proteção, contribuindo para a propagação do vírus.

“O resultado do trabalho indica a preocupação no combate à lavagem de dinheiro resultante da exploração de jogos de azar, a qual é capaz de gerar milhões de reais de origem ilícita”, avaliou o delegado Gabriel Borges.

Já o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ªDPRM), delegado Mario Souza, destacou que a “investigação nos delitos de lavagem de dinheiro é uma das prioridades da instituição, pois reforça a intenção de descapitalização dos grupos criminosos organizados”.

“A estrutura financeira do crime deve ser quebrada”, enfatizou.” Ele ressaltou igualmente “a importância da ação em conjunto entre Polícia Civil e Brigada Militar, com força máxima contra o crime".

Foto: PC / Divulgação / CP


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