Operação no Jacarezinho tem ao menos 25 mortos no Rio, diz polícia

Operação no Jacarezinho tem ao menos 25 mortos no Rio, diz polícia

Polícia Civil ocorre para apurar o suposto aliciamento de menores e o sequestro de trens da SuperVia pela maior facção do tráfico do Estado

Correio do Povo e AE

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Uma operação policial na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, deixou pelo menos 25 pessoas mortas na manhã desta quinta-feira. A incursão da Polícia Civil ocorreu para apurar o suposto aliciamento de menores e o sequestro de trens da SuperVia pela maior facção do tráfico no Estado, o Comando Vermelho.

Os mortos são um policial e outras 24 pessoas. Segundo a corporação, elas seriam suspeitas de integrar o tráfico.

O agente André Frias, que atuava na Delegacia de Combate às Drogas, foi baleado na cabeça. Chegou a ser levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu. Além de Frias, outros três agentes ficaram feridos.

Operação Exceptis

Batizada de Operação Exceptis, a empreitada começou logo cedo, pouco depois das 6h, quando moradores já relatavam a presença de helicópteros sobrevoando a região e de intensa troca de tiros. Além dos mortos, houve feridos - inclusive dentro da estação de metrô de Triagem, da linha 2.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram a janela de uma das composições do modal, que naquele trecho circula na superfície, com uma marca de tiro. O Metrô Rio informou que uma pessoa foi ferida por estilhaços de vidro; a outra, de raspão no braço.

Por causa do tiroteio, trens da SuperVia que passam pela região tiveram a circulação momentaneamente suspensa. O metrô também chegou a interromper o tráfego entre duas estações, mas o serviço já foi normalizado.

Segundo a Polícia Civil, traficantes estão aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção. Os criminosos, diz a corporação, exploram tráfico de drogas, roubo de cargas e de pessoas, além de homicídios e sequestros de trens da SuperVia, prática que ocorreu em dois momentos recentes, em dezembro de 2020 e no mês passado.

A ação é coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com apoio de outras unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).

Eficiência

Segundo um estudo divulgado no mês passado pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI/UFF), as operações policiais no Rio de 2007 a 2020 têm apenas 1,7% de eficiência. O índice foi criado considerando, por exemplo, o que embasou a operação - se houve autorização judicial -, o número de apreensões e a quantidade de mortos. Boa operação seria aquela embasada pela Justiça, com muitas apreensões e poucas mortes.

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Publicado por Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro em Quinta-feira, 6 de maio de 2021


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