Operação prende homem por venda irregular de canabidiol em Capão da Canoa

Operação prende homem por venda irregular de canabidiol em Capão da Canoa

Polícia constatou que eram divulgados catálogos com "kits" para "tratamento" de diferenças doenças

Christian Bueller

publicidade

Um homem foi preso em Capão da Canoa, no Litoral Norte, nesta quinta-feira, em operação que coíbe a fabricação e venda de medicamentos e produtos contendo a substância canabidiol (maconha medicinal), sem autorização da Anvisa e em desacordo com a legislação vigente. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, deferidos anteriormente pela Justiça, na sede de uma empresa e na residência do proprietário

Participaram da ação o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Porto Alegre, Delegacia de Polícia de Capão da Canoa e Vigilância Sanitária. O homem foi detido por manter depósito, explorar venda, vender e fracionar produto sem registro na Anvisa contendo canabidiol.

A investigação que resultou na operação teve origem em informação recebida por e-mail com anúncio sobre comercialização da  canabidiol por empresa sediada em Capão da Canoa, sem necessidade de receituário médico para a sua compra. A apuração colheu elementos que corroboraram com as denúncias e contribuíram para a elucidação do caso. A empresa difundia amplamente nas redes sociais o uso dos produtos.

Eram divulgados catálogos com os denominados “kits” para emagrecimento e doenças como fibromialgia, parkinson, alzheimer, depressão, ansiedade e insônia. “Pelas informações contidas nesses materiais, alguns produtos continham até 8% de tetrahidrocanabidiol (THC), quando a legislação brasileira determina que os produtos de Cannabis devem conter predominantemente canabidiol (CBD) e não mais que 0,2% de THC. Além disso, podem ser adquiridos apenas em determinadas situações especiais, como para pacientes sem outras alternativas terapêuticas ou doentes terminais”, explica o promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho.

Os responsáveis pela empresa afirmavam que os produtos também eram indicados para utilização em cães.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895