Operação prende traficantes que atuavam em três estados e se escondiam no litoral de SC

Operação prende traficantes que atuavam em três estados e se escondiam no litoral de SC

Por mês, quadrilha movimentava cerca de R$ 500 mil

Correio do Povo

Grupo escondia-se em praias catarinenses

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O “Cartel de Garopaba”, formado por narcotraficantes gaúchos e catarinenses, foi desarticulado nesta quinta-feira com a megaoperação All In, desencadeada pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil. A organização criminosa, especializada em tráfico interestadual de drogas e armas, atuava no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A ação resultou em 16 presos, incluindo o traficante conhecido como Playboy, e na apreensão de armamentos, entorpecentes, veículos de luxo e dinheiro.

O grupo escondia-se nas praias de Santa Catarina por “ser um lugar longe de grandes movimentações” e ser um destino turístico. Playboy, que foi detido na Praia do Rosa, estava, inclusive, construindo inclusive uma pousada no litoral catarinense.

Foram cumpridas 100 ordens judiciais. No RS, foram 15 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão em São Leopoldo, Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha, Passo Fundo, Canoas. Em Santa Catarina, a operação ocorreu em São José, Florianópolis, Imbituba, Garopaba e Palhoça. No Mato Grosso do Sul, foi em Ponta Porã.

• Operações simultâneas no RS e em SC apreendem documentos e celulares

“As investigações de narcotráfico apuraram a existência de complexo esquema de encomenda, plantação, transporte e distribuição de drogas envolvendo diversos estados da federação, liderado por traficantes gaúchos e catarinenses”, explicou o delegado Calderipe.

As investigações iniciaram há dez meses, após a apreensão de cerca de duas toneladas de maconha em Garopaba, em Santa Catarina. Na ocasião, ainda foram apreendidos diversos veículos de luxo e cerca de R$ 80 mil em dinheiro. Nesse período, a Delegacia de Polícia Civil de Garopaba com apoio da 1ª DIN/DENARC conseguiu identificar 46 integrantes de uma complexa organização criminosa que atuava no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul.

Segundo a Polícia Civil, em quatro meses a quadrilha vendeu cerca de R$ 2 milhões de entorpecentes. Além de drogas, o
grupo também negociava armas de uso restrito, como armas longas, fuzil calibre 7,62 e armas calibre .40. Havia ainda lavagem de dinheiro através da aquisição de bens patrimoniais. O grupo abastecia de entorpecentes as facções criminosas de todo o país. Os entorpecentes vinham das fronteiras do Paraná com o Paraguai e do Mato Grosso do Sul com a Bolívia.  

All In

O nome “ALL IN” faz alusão a uma jogada de Poker onde se aposta todas as fichas para ganhar de todos os seus oponentes numa única rodada, sendo este o objetivo da operação policial que tem como foco desmantelar numa única ocasião toda uma organização criminosa.

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