Organização criminosa atuava como um banco paralelo para financiar atividades ilícitas
Operação da Polícia Federal foi deflagrada no Mato Grosso, Paraná e Pará
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Uma organização criminosa atuava como um banco paralelo para financiar atividades criminosas como tráfico de drogas, contrabando de agrotóxico, roubo e adulteração de carga de insumos agrícolas, como fertilizantes
A descoberta da Polícia Federal desencadeou na manhã desta quarta-feira a operação Argentarius com o objetivo de desarticular o grupo. Os agentes cumpriram 29 mandados judiciais de busca e apreensão nas cidades de Rondonópolis e Cuiabá, no Mato Grosso; Paranavaí, no Paraná; e Santana do Araguaia, no Pará.
A investigação apurou que foram movimentados mais de R$ 500 milhões. Apenas entre os dois principais alvos, as movimentações superaram R$ 220 milhões. Os policiais federais constataram que os valores movimentados e os bens são incompatíveis com a renda declarada pelos envolvidos, o que reforçou as suspeitas de que sejam produto de atividades criminosas.
O trabalho investigativo dos agentes apontou também a existência de “laranjas” que emprestavam as contas para ocultar a origem e destino dos valores. Houve a verificação ainda da existência de várias empresas de fachada, sem nenhum funcionário registrado e com endereços inexistentes.