Padrasto é condenado a 59 anos e seis meses de prisão por matar enteada
Julgamento terminou na noite desta quarta-feira
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O padrasto acusado de amordaçar, estuprar e asfixiar até a morte sua enteada Surianny dos Santos Silveiras foi condenado a 59 anos e seis meses de prisão em regime fechado. O jugalmento ocorreu na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre e terminou na noite desta quarta-feira. O réu está preso na Penitenciária Estadual de Charqueadas.
O Conselho de sentença foi formado por quatro mulheres e três homens. Em conformidade com os jurados, a juíza da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, Karen Luise Vilanova Batista de Souza, fixou a pena do réu. No processo, ainda figura como réu Jefferson Machado Alves, que também praticou o crime. Ele foi julgado e sentenciado em janeiro de 2018. Após matar, a dupla ainda escondeu o corpo no sofá de uma peça anexa à casa, utilizada como uma loja da mãe da vítima.
Durante a manhã, foram ouvidas a mãe e avó materna da vítima. Já pela tarde, houve a oitiva da tia e do tio de Surianny. Após, ocorreu o interrogatório do réu, seguido pelos debates do Ministério Público e Defesa.
Entenda o caso
O crime ocorreu no dia 19 de agosto de 2015 no bairro Lomba do Pinheiro. A vítima, Surianny dos Santos Silveira, tinha apenas cinco anos de idade. Na época, o padrasto e o irmão aproveitaram que a mãe da criança viajou a trabalho e praticaram o crime. Os familiares, preocupados depois com o desaparecimento da menina, chegaram a registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil. O corpo da vítima foi achado após um dos integrantes da família esbarrar no sofá da sala. O padrasto foi preso em flagrante logo após a descoberta.
Os dois acusados chegaram a ser julgados em janeiro de 2018 e condenados, cada um deles, a 61 anos de prisão. Um ano após, ao recorrerem no segundo grau, houve a anulação do processo sendo reconhecida a existência da nulidade do julgamento.