Padre está na lista de indiciados pelo MP no Natal Luz

Padre está na lista de indiciados pelo MP no Natal Luz

Administração da Igreja Católica no Estado admitiu que Elói Sandi foi um dos idealizadores do evento

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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Um dos 34 denunciados pelo suposto desvio de recursos do Natal Luz, em Gramado, é um padre, divulgou o Ministério Público (MP) nesta terça-feira. Conforme apuraram os promotores, Elói Sandi se beneficiava de valores supostamente desviados por organizadores do tradicional evento.

Já a assessoria de imprensa da administração da Igreja Católica no Estado informou que o padre não trabalha na cidade há mais de cinco anos e foi um dos grandes idealizadores do Natal Luz. Ele é hoje capelão militar do Exército em Caxias do Sul. A igreja desconhece o suposto envolvimento do religioso com o desvio de recursos.

Ação contra o prefeito

Pela manhã, os promotores responsáveis pela investigação se reuniram com o procurador de Justiça, Eduardo de Lima Veiga, o subprocurador para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles, e o vice-presidente da Associação do Ministério Público, Sérgio Harris.

O grupo definiu que vai aguardar a manifestação do Judiciário para decidir se entra com uma nova ação contra o prefeito de Gramado, que publicou portaria nomeando os três promotores para realizarem o Natal Luz em 2011. “Ele se valeu de um cargo público e de um procedimento formal para fins pessoais”, disse o promotor Antônio Képes, entendendo que o chefe do executivo cometeu improbidade administrativa.

Ameaças contra produtores

O MP também pode apresentar uma representação contra uma produtora cultural que, em interceptações telefônicas, sugere a morte de um dos promotores que investigou o Natal Luz. Segundo o promotor Képes, as ameaças se repetiram após a divulgação pela imprensa das primeiras escutas.

Na semana passada, 34 pessoas, incluindo o atual prefeito, Nestor Tissot, e o ex-prefeito Pedro Bertolucci, foram denunciadas pelo MP. O órgão recolhe indícios de supostas irregularidades na prestação de contas do Natal Luz. Segundo a investigação, entre 2007 e 2010 mais de R$ 7 milhões podem ter sido desviados.

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