Passeata pede justiça no caso do vendedor espancado e morto em Alvorada

Passeata pede justiça no caso do vendedor espancado e morto em Alvorada

Caminhada com familiares e amigos de Wagner de Oliveira Lovato começou na prefeitura e terminou na frente do açougue, na avenida Presidente Getúlio Vargas

Correio do Povo

Ato terminou com um foto de todos os manifestantes no local do crime

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A manhã deste sábado foi marcada em Alvorada pela passeata de familiares e amigos do vendedor de lanches Wagner de Oliveira Lovato, 40 anos, espancado e morto na calçada de um açougue no final de semana passada. Ele foi agredido após discussão pelo preço da carne.

Com gritos de justiça, os familiares e amigos da vítima caminharam desde a sede da prefeitura de Alvorada até a frente do estabelecimento comercial, na avenida Presidente Getúlio Vargas. A loja permanece fechada. Policiais militares do 26º BPM garantiram a segurança dos manifestantes.

A manifestação contou com balões brancos, camisetas brancas ou pretas, fotos da vítima, palmas, apitos e cartazes e faixas. Os pedidos de justiça foram acompanhados também de gritos de “covardes” e “assassinos”. 

Na calçada do estabelecimento comercial, a esposa da vítima, Rúbia Lovato, 35 anos, soltou uma pomba branca, seguida de palmas e o nome de Wagner proferido por todos os presentes antes que os balões brancos fossem estourados. Além dela, Wagner deixa três filhos, sendo uma jovem, uma criança e um bebê, bem como uma neta.

Flores foram deixadas onde a vítima caiu durante as agressões. No encerramento do ato, todos reuniram-se para uma foto final. Uma limpeza do que sobrou dos restos do material usado na manifestação foi realizada. No mesmo local, uma oração havia sido feita na noite de sexta-feira. 

“A passeata surgiu de uma ideia de toda a família...a gente precisava mostrar nossa voz e dar nosso grito de justiça…Isto não pode ficar impune”, explicou Taiamanda Lovato, prima da vítima, à reportagem do Correio do Povo. 

Sobre as homenagens prestadas com flores e cartazes depositados nos últimos dias na fachada do açougue, Taiamanda Lovato fez um agradecimento público. “A gente consegue ficar com o coração mais quentinho com todo este carinho, com essas homenagens...A população está do nosso lado e se comoveu junto com nossa família, sentindo a dor que é a perda de um pai de família...A gente está comovido”, revelou. Ela constatou que alguém até pintou uma cruz com tinta spray vermelha na calçada.

O caso é investigado pelo titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), delegado Edimar Machado. Imagens de câmeras de monitoramento,que mostram as agressões, foram divulgadas. Os acusados do crime, o gerente do açougue e um amigo deste, encontram-se presos. “A família espera que eles continuem respondendo o processo presos e que sejam condenados por homicídio…as imagens mostram...as agressões foram por algo banal”, enfatizou Taiamanda Lovato.

 

Foto: Taiamanda Lovato / Especial / CP


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