PF assume inquérito que investiga ataques a bancos de Araçatuba

PF assume inquérito que investiga ataques a bancos de Araçatuba

Polícia Civil de São Paulo colabora com investigação para identificar membros de grupo que orquestrou assalto no interior

R7

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A Polícia Federal atuará junto com as forças de segurança pública do estado de São Paulo na investigação dos ataques às instituições bancárias de Araçatuba, no interior de São Paulo, ocorridos na segunda-feira (30). A ação deixou ao menos três mortos e cinco feridos.

A PF afirmou por meio de nota que busca os suspeitos de participação no crime e aguarda a conclusão dos trabalhos do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) na localização e desativação dos artefatos explosivos. As ruas da cidade continuam bloqueadas nesta terça-feira (31) para a retiradas dos materiais.

Em entrevista à Record TV, o coronel Alvaro Batista Camilo, secretário executivo de Segurança Pública de São Paulo, afirmou que o inquérito está sendo realizado pela Polícia Federal, mas a Polícia Civil de São Paulo colabora na investigação.

"A polícia não fez uso de arma de fogo enquanto reféns foram utilizados. Temos três marginais presos e todo esse aparato está sendo analisado pela área técnica da polícia. Vamos colaborar com as investigações da Polícia Federal na identificação dessa quadrilha como fizemos em outros casos."

Segundo coronel Camilo, o que faltou no caso de Araçatuba e em cidades onde também ocorreram assaltos semelhantes e são sedes de tesouraria do Banco do Brasil com um grande volume financeiro é a informação. "Faltou a informação do Banco Central, do Banco do Brasil para informar que em determinada época haverá um maior volume financeiro em determinadas cidades."

O secretário executivo afirmou ainda que houve informação privilegiada fornecida ao grupo que atacou as instituições. "Eles sabiam que tinha um montante financeiro. Aí nossa tentativa de falar com a área federal para que a segurança de São Paulo tenha essa informação. Temos aqui uma boa resposta policial. A polícia criou os batalhões especiais, Araçatuba tem esses batalhões. Foram atender essa ocorrência três Baeps se deslocaram para ajudar e trazer tranquilidade à população."

"Se tivessemos a informação de que uma cidade do interior teria uma quantidade financeira maior, teria uma tropa de reserva no Comando Geral, Choque, Rota, Cavalaria. Poderíamos ter feito uma proteção maior da cidade enquanto esse volume financeiro não fosse distribuído na utilização normal. Faltou informação para a polícia de São Paulo poder prevenir", declarou Camilo.

Horror em Araçatuba: explosivos, drone e escudo humano

Além das vítimas fatais e dos feridos, o ataque em Araçatuba usou reféns para fazer um escudo humano, queimou automóveis, destruiu agências bancárias locais e aterrorizou o município do interior paulista. Dezenas de homens participaram da ação utilizando dez veículos, que são periciados.

O secretário em exercício da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, coronel Álvaro Camilo, disse que “ainda é cedo” para conectar o ataque dos criminosos a outras quadrilhas, e comentou que a reação da polícia foi rápida para conter o grupo.

"Fizemos uma força de reação rápida embora eles tenham tentado não deixar a polícia agir. Tivemos duas trocas de tiros, com um infrator morto, um ferido e um preso. Também houve cinco vítimas, sendo dois mortos na ação dos criminosos e três feridos”, afirmou Camilo.

Ao todo, mais de 350 agentes da polícia atuaram na cidade. A operação conta com a atuação de quatro Baeps (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), Goe (Grupo de Operações Especiais), Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), da Polícia Civil e dois helicópteros Águia da Polícia Militar.


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