PF colhe material genético de índios para investigar morte de irmãos agricultores

PF colhe material genético de índios para investigar morte de irmãos agricultores

Crime ocorreu em Faxinalzinho em abril deste ano

Samuel Vettori/Rádio Guaíba

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A Polícia Federal (PF) coletou material genético de 23 índios da reserva de Faxinalzinho, no Norte gaúcho. O material vai ser analisado em laboratório para que o DNA encontrado seja comparado ao identificado em roupas dos irmãos Anderson e Alcemar Souza, mortos ao furarem uma barreira indígena durante manifestação do grupo, em abril deste ano.

A Operação Kandóia teve por objetivo identificar os responsáveis pelas mortes. Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão no acampamento Kandóia. Casas foram revistadas. Os policiais procuraram armas, mas nenhuma foi encontrada. O trabalho foi realizado em conjunto pela PF e a Brigada Militar (BM). Ao todo, 260 servidores em dezenas de viaturas e um helicóptero, participaram da ação, além de representantes do Ministério Público Federal e autoridades de Brasília.

Onze dias após o crime, cinco indígenas suspeitos foram presos e encaminhados para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC), mas soltos 40 dias depois. A Justiça Federal de Erechim cumpriu no dia 26 de junho a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e determinou a soltura. A estimativa da PF é que até 27 indígenas possam ser indiciados pelos crimes.

Relembre

Em 28 de abril, indígenas acampados há 12 anos na região conhecida como Votouro/Kandóia, bloquearam todos os acessos no município de Faxinalzinho, no Alto Uruguai gaúcho, como forma de pressionar o governo a determinar a demarcação de áreas que os indígenas entendem como sendo deles. No dia 28 de abril, por volta das 17h os agricultores Anderson de Souza, 27 anos e Alcemar de Souza, 41 anos, foram surpreendidos em uma estrada vicinal que liga Faxinalzinho com Erval Grande e mortos, supostamente, por um grupo de indígenas da reserva.

Colaborou Acácio Silva/Correio do Povo


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