PF deflagra operação contra tráfico interestadual de ecstasy em 13 estados

PF deflagra operação contra tráfico interestadual de ecstasy em 13 estados

Rio Grande do Sul está entre os alvos das 51 ordens judiciais que foram cumpridas na manhã desta quinta-feira

Correio do Povo

Organização criminosa enviava droga sintética por via postal

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O Rio Grande do Sul está entre os alvos da operação Insônia, que foi deflagrada ao amanhecer desta quinta-feira pela Polícia Federal da Paraíba. No RS, a ação de combate ao tráfico interestadual de ecstasy ocorreu em Porto Alegre e São Leopoldo, onde teve uma prisão, sendo recolhidos ecstasy, LSD, cocaína, maconha, medicamentos de uso controlado, apetrechos para produção de droga, balanças e embalagens.

Houve o cumprimento de 48 mandados de busca e apreensão e de três mandados de prisão em 13 estados. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara de Entorpecentes de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, após manifestação favorável por parte do Ministério Público.

As investigações duraram cinco meses. Os policiais federais identificaram uma organização criminosa que enviou mais de 500 encomendas postais da droga sintética. A venda do entorpecente acontecia por meio de aplicativos de mensagens. Para esconder o narcotráfico, os traficantes utilizavam nomes de empresas de fachada, com suposta atuação em e-commerce de bijuterias e de suplementos alimentares.

Além do RS, a operação Insônia ocorreu na Paraíba, Santa Catarina, Paraná, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e Mato Grosso do Sul.

Os investigados devem responder pelos crimes de tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico, cujas penas máximas somadas ultrapassam 20 anos de reclusão.

Canis 

A cidade gaúcha de Bento Gonçalves também foi alvo da operação Canis da Polícia Federal do Mato Grosso do Sul. A ação ocorreu na quarta-feira em conjunto com a Receita Federal. As investigações começaram em fevereiro de 2019, após a abordagem e fuga do líder de uma organização criminosa no posto de imigração fronteiriço entre Corumbá e a Bolívia. Houve a descoberta de uma extensa contabilidade criminosa, sendo apreendidos ainda dez telefones celulares e documentos falsos.

O líder da organização criminosa estava envolvido com o tráfico internacional de cocaína através de aeronaves. Durante o trabalho investigativo, uma carga de quase meia tonelada de cocaína foi apreendida com um avião. Quatro mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande e Dourados, no Mato Grosso do Sul; em Atibaia, em São Paulo; em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul; e em Foz do Iguaçu, no Paraná. Houve ainda o sequestro judicial de um imóvel de luxo, diversos veículos e duas aeronaves.


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