PF vai fazer reconstituição para elucidar morte de agricultores em Faxinalzinho

PF vai fazer reconstituição para elucidar morte de agricultores em Faxinalzinho

Trabalhos vão auxiliar investigação a concluir inquérito sobre duplo homícidio ocorrido em abril

Lucas Rivas/Rádio Guaíba

publicidade

A Polícia Federal (PF) vai reconstituir o crime ocorrido quatro meses atrás contra dois agricultores que foram mortos durante um confronto com índios, em Faxinalzinho, no Norte gaúcho. O procedimento deve auxiliar a PF a elucidar o duplo homicídio, registrado em 28 de abril.

Prefeito de Faxinalzinho reclama de inoperância da Funai na cidade
Ato protesta por desfecho pacífico para tensão entre agricultores e índigenas no RS
Dois agricultores são mortos em área de conflito indígena

Conforme o delegado Mário Luiz Vieira, a intenção é reproduzir as cenas, desde o fechamento das estradas vicinais por parte dos índios, até a tentativa frustrada dos agricultores de tentar furar o bloqueio.

Os trabalhos devem ter inicio em até 30 dias, desde que a segurança seja reforçada no local, adiantou o delegado Mário Luiz Veira. “Nós temos que ter disponibilidade técnica e até de segurança dos peritos que vão fazer a reconstituição porque o local fica perto de uma reserva grande”, salientou.

O inquérito está em fase adiantada de conclusão, porém sem prazo determinado. O resultado de outras diligencias também são aguardados para embasar o trabalho. O delegado antecipou que pelo menos 12 índios devem ser incriminados, até o momento.

Mário Luiz Veira também lamentou o fato de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter determinado a soltura de cinco indígenas, em 26 de junho. O delegado frisou que durante a prisão temporária do grupo, os depoimentos não foram esclarecedores, uma vez que os índios se recusaram a falar sobre o incidente.

Os irmãos Anderson, de 26 anos, e Alcemar Souza, de 41, foram mortos depois de tentar furar uma barreira indígena montada em uma estrada vicinal de Faxinalzinho. As barricadas ocorreram em protesto às demarcações de terra na região. Desde o confronto, o Ministério da Justiça ainda não resolveu o impasse.

Bookmark and Share

Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895