PGE reverte decisão e garante ingresso de sacolas plásticas aos detentos nos presídios gaúchos

PGE reverte decisão e garante ingresso de sacolas plásticas aos detentos nos presídios gaúchos

Proibição concedida antes pela Justiça havia sido pedido pela Amapergs Sindicato

Correio do Povo

Medida restritiva deixou apenados tensos pois material serve para receberem alimentos e produtos de higiene dos familiares

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A Procuradoria-Geral do Estado garantiu o ingresso em presídios de sacolas com alimentos fornecidas por familiares de detentos. Ao reverter decisão que impedia o ingresso das sacolas, a PGE pretender evitar a tensão no sistema prisional gaúcho como a rebelião ocorrida na tarde de domingo passado quando apenados da Penitenciária Estadual de Santana do Livramento promoveram uma rebelião. Eles atearam fogo em colchões e alguns subiram no telhado das instalações. A confusão iniciou devido as novas exigências nas visitas.

Na noite de domingo, após manifestação da PGE, o juiz de Direito Paulo de Tarso Carpena Lopes, revogou decisão proferida anteriormente e liberou o ingresso de sacolas plásticas. A proibição deste tipo de material havia sido obtida em uma ação movida pela Amapergs Sindicato, que representa os agentes penais. A entidade de classe alegou que os servidores públicos estariam expostos à contaminação pelo novo coronavírus em razão dos alimentos que são enviados às casas prisionais embalados em sacos e sacolas plásticas. Inicialmente, o magistrado deferiu a medida antecipatória solicitada e vedou o ingresso, no sistema penitenciário, dos referidos materiais. A nova decisão, proferida no final da noite de domingo, retomou a possibilidade.

Além de impedir rebeliões nos presídios estaduais, a PGE lembrou que a importância de garantir que os detentos tenham acesso a itens de alimentação e higiene fornecidos pelos familiares nas visitas por meio das referidas sacolas plásticas.

A PGE informou uma série de medidas adotadas pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seapen) e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) para garantir a segurança dos agentes e apenados com o objetivo de evitar que o coronavírus se propague nos estabelecimentos prisionais. Uma delas é a limitação por detento de uma sacola por semana com até dez itens de higiene e limpeza, todos submetidos à rotina completa de higienização com emprego de água e sabão ou álcool gel 70%. Os servidores responsáveis pelo recebimento dos materiais devem usar equipamentos de proteção individual.


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