Polícia Civil aguarda laudos do IGP sobre o assassinato do tenente Glaiton Silva Contreira

Polícia Civil aguarda laudos do IGP sobre o assassinato do tenente Glaiton Silva Contreira

Enteado usou éter do hospital onde estagiava para provocar desmaio da vítima antes de esfaqueá-lo

Correio do Povo

Oficial morto atuava há três décadas no Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul

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A Polícia Civil aguarda os laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) relativos ao assassinato do tenente Glaiton Silva Contreira, de 52 anos, do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), cujo corpo foi encontrado na noite da última segunda-feira na rua Travessão Campo Bom, no bairro São Luís, em Sapiranga. Em entrevista ao Correio do Povo, o delegado Fernando Pires Branco confirmou que o enteado, de 25 anos, preso e apontado como autor do crime, era estagiário do hospital da cidade e o éter usado para anestesiar a vítima foi desviado da instituição.

Considerado premeditado, o crime ocorreu quando os dois estavam no Toyota Corolla de propriedade do bombeiro militar.  “Segundo o acusado, a vítima não conseguiu lutar…”, observou o titular da DP de Sapiranga, referindo-se ao momento em que o tenente desmaiou pelo éter inalado à força. Conforme o delegado Fernando Pires Branco, o enteado não demonstrou arrependimento e teve um comportamento “frio” durante o interrogatório.

Inconsciente, a vítima foi levada até o local da descoberta do corpo, onde foi esfaqueada duas vezes no pescoço, vindo a óbito. O tenente foi dado como desaparecido ainda na tarde de domingo passado. Logo após a descoberta do cadáver, o enteado foi questionado e acabou detido após contradições, confessando, então, o assassinato. O Toyota Corolla foi localizado com o jovem.

A investigação segue a linha de que o crime ocorreu por uma disputa envolvendo um imóvel que seria dividido na separação do tenente e da mãe do enteado. O jovem achava que a mãe seria prejudicada com o fim do relacionamento dela e o padrasto.

A arma do crime e o frasco com éter, além do telefone celular da vítima, teriam sido jogados pelo suspeito em um arroio na rua Presidente Franklin Roosevelt, na área central da cidade. Já no celular do jovem foram encontradas pesquisas na internet sobre como esfaquear alguém e colocar éter na boca para desfalecer a pessoa. Ele deve ser indiciado por homicídio qualificado.


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