Polícia Civil de Santa Catarina lança ofensiva contra organização de narcotráfico
Grupo criminoso enviava cocaína e ecstasy para outros estados, como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro
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A Polícia Civil de Santa Catarina lançou uma ofensiva contra uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, inclusive com remessas de entorpecentes para o Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, entre outras regiões do país. O titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Cláudio Monteiro, observou que o grupo de narcotráfico é responsável “por grande do tráfico de drogas” em SC, principalmente cocaína e ecstasy.
O líder levava uma vida suntuosa e possuía um patrimônio avaliado em quase de R$ 4,6 milhões. O traficante mantinha mansões no bairro Pedra Branca, em Palhoça, e no bairro Barra do Tijuca, no Rio de Janeiro, além de veículos de luxo comprados com dinheiro em espécie.
Entre as últimas quinta e sexta-feira, a operação Pedra Branca foi deflagrada na Grande Florianópolis, Itajaí, Balneário Camboriú e Blumenau, além do Rio de Janeiro. Houve o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão e de outros sete mandados de prisão.
Além dos artigos de luxo, armamento e dinheiro foram recolhidos na ação. O líder está foragido, mas a esposa dele foi presa em Angra dos Reis, no RJ. Outros cinco integrantes do grupo foram também capturados.
A investigação começou ainda em 2019, quando a equipe da DRE do Deic descobriu um laboratório de produção de drogas sintéticas na praia da Pinheira, em Palhoça.
Na ocasião, os policiais civis recolheram equipamentos e insumos utilizados na produção de comprimidos de ecstasy, sendo efetuadas três prisões. Houve então a identificação do fornecedor da matéria-prima MDMA, usada na fabricação da droga sintética.
Ao longo do trabalho investigativo, os policiais civis catarinenses já efetuaram a apreensão de cerca de meia tonelada de cocaína e mais de 100 mil comprimidos de ecstasy, bem como em torno de R$ 10 milhões em dinheiro. Um segundo laboratório de produção de drogas sintéticas também foi descoberto.
Em agosto deste ano, a equipe da DRE do Deic flagrou cerca de 75 quilos de cocaína vindos para o Rio Grande do Sul. A droga, avaliada em R$ 4,8 milhões, estava em um caminhão baú Ford Cargo, com placas de Blumenau (SC), que foi abordado em uma ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal na BR 101, em Paulo Lopes.
O motorista foi detido. Ele confessou que transportava os entorpecentes de Blumenau até Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A investigação da DRE do Deic terá prosseguimento para desarticular toda a organização de narcotráfico.
