Polícia Civil de SC não relaciona morte de advogado gaúcho com atividade profissional
Já OAB/RS acompanha investigação das autoridades catarinenses e quer esclarecimento do caso
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O assassinato do advogado criminalista gaúcho Carlos Eduardo Martins Lima, 31 anos, não teria ligação com a atividade profissional exercida por ele. A informação é do titular da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, delegado Ênio de Oliveira Mattos, à reportagem do Correio do Povo na manhã desta sexta-feira. Várias linhas de investigação estão sendo conduzidas pelos policiais civis catarinenses e não existem ainda suspeitos do crime.
O corpo da vítima, natural de Bagé e que atuava em Gravataí, foi encontrado em via pública no começo da manhã da última quarta-feira no meio da mata na servidão Cinco Rosas, no bairro Rio Vermelho, no Norte da Ilha de Florianópolis.
A causa da morte, segundo o médico legista que examinou o cadáver, foi politraumatismo causado por múltiplos ferimentos com objeto perfurante. Havia ainda hematomas no rosto.
O automóvel da vítima, uma BMW, de cor branca, foi encontrado abandonado na tarde do mesmo dia em uma região de mata próximo ao terminal lacustre do Rio Vermelho. O veículo estava com as portas abertas e sem as chaves. Pertences não foram encontrados.
O advogado criminalista estava de férias e passava o feriadão de Carnaval em Florianópolis, tendo inclusive postado fotos do passeio nas redes sociais.
OAB/RS
Já a Ordem dos Advogados do Brasil-Seccional Rio Grande do Sul (OAB/RS) divulgou uma nota oficial na qual o presidente da instituição, Leonardo Lamachia, requereu a apuração dos fatos à Secretaria Estadual de Segurança Pública e à Polícia Civil do Estado de Santa Catarina. Ele está inclusive em contato permanente com a OAB/SC para que auxiliem no levantamento de informações, bem como oficiou às autoridades encarregadas de averiguar os fatos.
“O Gabinete da Presidência da Ordem gaúcha e as comissões de Direitos Humanos Sobral Pinto e de Defesa, Assistência e Prerrogativas dos Advogados estão atuando para agilizar todos os procedimentos policiais e judiciais relativos ao episódio para esclarecer o lamentável fato da morte de um colega advogado”, afirmou.
ABRACRIM
A Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) também manifestou-se sobre a morte do advogado gaúcho e disse que também acompanha as investigações e “espera eficaz elucidação sobre as circunstâncias do caso”.
O presidente da Abracrim/RS, Raccius Potter, lamentou o episódio que vitimou o criminalista e declarou muita preocupação. “A ABRACRIM-RS se solidariza com a família e amigos do advogado criminalista Carlos Eduardo Martins Lima e segue acompanhando o trabalho investigativo acreditando no rápido e eficaz esclarecimento da morte de um colega advogado em toda a sua extensão. É isso que a classe advocatícia e toda a sociedade esperam”, enfatizou.
Por sua vez, o presidente em exercício da Abracrim Nacional, Sheyner Asfóra, defendeu “uma minuciosa investigação para se chegar à autoria dos fatos, motivação e todas as circunstâncias que envolvem a misteriosa morte do advogado que repercutiu nacionalmente”.
O presidente da Abracrim/SC, Renato Boabaid, permanece em contato com os responsáveis pela investigação e segue acompanhando o desenrolar do trabalho policial.