Polícia Civil deflagra operação contra disputa pelo tráfico de drogas nas ilhas de Porto Alegre
Ação da 2ª DPHPP investiga ataque em fevereiro na ilha Grande dos Marinheiros, que deixou um morto e cinco feridos
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A Polícia Civil deflagrou ao amanhecer desta quinta-feira a operação Island no âmbito da investigação sobre um ataque de um grupo criminoso ocorrido no mês passado na ilha Grande dos Marinheiros, em Porto Alegre. Na noite do dia 20 de fevereiro, uma pessoa morreu e outras cinco ficaram feridas ao serem baleadas em uma residência situada na rua Nossa Senhora Aparecida.
A coordenação foi da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ªDHPP), sob comando da delegada Roberta Bertoldo. Ela explicou que a investigação apurou que grupos rivais das ilhas do Pavão e da Grande dos Marinheiros, ambos ligados às facções, há muito tempo disputam o controle do tráfico de drogas.
No ataque, os invasores percorreram “todas as casas para matar qualquer pessoa vinculada aos rivais”. Dois barcos foram usados para levar os atiradores da ilha do Pavão até a ilha Grande dos Marinheiros através do rio Jacuí. Uma das embarcações foi roubada antes e o dono ficou ferido ao ser baleado. A vítima fatal foi um adolescente de 15 anos. Já entre os feridos estavam duas crianças, de quatro e de cinco anos, bem como duas mulheres.
Segundo a titular da 2ª DPHPP, o trabalho investigativo identificou que dois apenados recolhidos no sistema prisional ordenaram o ataque, que foi por sua vez executado por seis indivíduos. “Todas tiveram prisão preventiva decretada”, frisou. Um dos detentos, com vasta ficha de antecedentes criminais, retornou de uma penitenciária federal no final do ano passado e está na Cadeia Pública de Porto Alegre, ordenando então o atentado em fevereiro.
Na operação desta manhã, os policiais civis cumpriram 15 ordens judiciais na ilha do Pavão, sendo oito mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva. Cinco criminosos foram detidos. Cerca de 50 agentes participaram da ação que teve apoio do helicóptero e do efetivo da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), além do uso de barcos e de cães farejadores.
