Polícia Civil desarticula quadrilha que manteve família sequestrada em Nova Santa Rita

Polícia Civil desarticula quadrilha que manteve família sequestrada em Nova Santa Rita

Mandante do crime é líder de uma facção criminosa e está atualmente recolhido no sistema prisional no Mato Grosso do Sul

Correio do Povo

Ordens judiciais foram cumpridas no sistema prisional

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A Polícia Civil desarticulou a quadrilha envolvida com a prática de crime de extorsão mediante sequestro cometido contra uma família em fevereiro deste ano em Nova Santa Rita. Dois sequestradores foram presos temporariamente na manhã desta sexta-feira na operação Quarzzo, coordenada pela 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos (1ª DR), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), sob comando do delegado João Paulo de Abreu. A ação ocorreu no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Nos dias 9 e 10 de fevereiro, um casal e dois filhos menores foram mantidos reféns pela quadrilha dentro da residência em Nova Santa Rita. Todas as joias existentes na joalheira em que esposa trabalhava foram entregues aos bandidos em troca da liberdade do esposo e filhos. Houve tortura psicológica das vítimas por telefone. As crianças e o pai foram levados inclusive para um cativeiro localizado em São Leopoldo.

O trabalho investigativo da 1ª DR apontou que um dos bandidos foi responsável por fornecer as informações da movimentação no interior da joalheria enquanto a vítima era extorquida, via aplicativo de mensagens. Já um segundo indivíduo manteve o pai e os dois filhos menores no cativeiro. Recolhidos no sistema prisional gaúcho, ambos os indivíduos foram presos temporariamente nesta sexta-feira.

O mentor do crime é líder de uma facção criminosa gaúcha, que cumpre atualmente pena na Penitenciária Estadual de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Na cela dele, os agentes executaram um mandado de busca e apreensão em busca de material de interesse da investigação. No entanto, o pedido de prisão dele foi indeferido pela Justiça.

Conforme os policiais civis, ele é um dos criminosos mais perigosos do Rio Grande do Sul, sendo responsável, em tese, por diversos homicídios e também sequestros e extorsões em detrimento de funcionários de joalherias, além do tráfico de drogas. As penas dele somadas chegam a mais de 138 anos de reclusão.

Já o quarto integrante da quadrilha, igualmente ligado à facção, foi responsável pela habilitação da conta WhatsApp utilizada para extorquir as vítimas. O telefone celular dele foi apreendido no dia 3 de maio deste ano. Ele acabaria preso em flagrante por tráfico de drogas posteriormente.


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