Polícia Civil desencadeia ofensiva contra facção que atua em Canela

Polícia Civil desencadeia ofensiva contra facção que atua em Canela

Agentes identificaram 30 criminosos, incluindo lideranças, envolvidas com o tráfico de drogas

Correio do Povo

Houve o cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva na cidade e também na Região Metropolitana de Porto Alegre e Litoral Norte

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A operação Xeque-Mate foi deflagrada pela Polícia Civil de Canela na manhã desta quarta-feira. O foco da ação foi coordenada pelo delegado Vladimir Medeiros e teve como alvo uma facção criminosa que atua na cidade. Houve o cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva em diversos bairros da cidade e também em municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre e do Litoral Norte.

O titular da DP de Canela explicou que as prisões são resultado de uma “complexa investigação policial que foca nas principais lideranças do tráfico de drogas de organização criminosa que comanda a criminalidade na cidade, especialmente o tráfico de drogas, homicídios e roubos”. Segundo o delegado Vladimir Medeiros, todos os “escalões mais elevados da organização criminosa tiveram suas prisões decretadas, inclusive o líder, que é da Região Metropolitana, além do chefe do grupo na cidade, que já estava preso e comandava as ações de dentro do Presídio Estadual de Canela, e todos seus maiores traficantes".

As investigações identificaram cerca de 30 membros do grupo criminoso, todos atuando com divisão de tarefas e hierarquia bem definida para cada um, o que gerava grande lucro para a facção. Ao longo do trabalho policial foram apreendidos em torno de 1,7 quilo de cocaína, 5,3 quilos de maconha e 40 gramas de crack, avaliadas em mais de R$ 120 mil, além de armas de fogo, farta quantidade de dinheiro, diversos veículos incluindo uma SUV de alto padrão, avaliado em mais de R$ 115 mil. O delegado Vladimir estimou um prejuízo financeiro total à organização criminosa em mais de R$ 300 mil.

A organização criminosa é a mesma responsável pelo envio de um freezer recheado de drogas ao Presídio Estadual de Canela. O equipamento, um dos quais os apenados tinham acesso e que retornava de um conserto, trazia escondido em um fundo falso mais de um quilo de cocaína, 3,5 quilos de maconha, 250 pontos de LSD, um frasco de lança-perfume, 12 celulares com 12 carregadores, nove chips e 15 fones de ouvido, chips, duas garrafas de uísque, um controle de videogame, três relógios e duas correntes de prata, entre outros objetos. Tpdo o material foi estimado em R$ 150 mil. A descoberta ocorreu na noite de 9 de setembro passado. 

"A investigação é complexa e completa, tendo o inquérito policial centenas de páginas a demonstrarem como o grupo agia, com vasta materialidade e fortes elementos que comprovam a autoria de cada investigado, resultando em uma operação com grande número de prisões sendo cumpridas ao mesmo tempo, com apreensão também da maior quantidade de drogas em um mesmo inquérito policial na história de Canela”, enfatizou o delegado Vladimir Medeiros.


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