Polícia Civil desencadeia operação de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher no RS

Polícia Civil desencadeia operação de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher no RS

Mais de 180 agentes cumpriram 80 mandados judiciais e 316 verificações de medidas protetivas e de denúncias

Correio do Povo

Mobilização foi alusiva ao mês de agosto no qual se celebra o aniversário de 14 anos da Lei Maria da Penha

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A Polícia Civil deflagrou ao amanhecer desta quinta-feira a operação Penha com o objetivo de combater à violência doméstica e familiar contra a mulher em várias regiões do Rio Grande do Sul. Mais de 180 agentes em cerca de 60 viaturas cumpriram 62 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de prisão, sendo 17 preventivas e um temporária, além de 71 verificações de medidas protetivas de urgência e 245 verificações de denúncias de violência doméstica.
A operação, alusiva ao mês de agosto no qual se celebra o aniversário de 14 anos da Lei Maria da Penha, teve a participação das 23 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher. A coordenação foi da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher (Dipam) da Polícia Civil, sob comando da delegada Tatiana Bastos.

Parceria 

Uma parceria entre o Instituto-Geral de Perícias e a Polícia Civil vai ampliar o atendimento psicossocial a mulheres vítimas de violência. O serviço, já oferecido em Porto Alegre, ocorrerá também nas Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher de Alvorada, Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Viamão. O Projeto de Atendimento Psicossocial On-line encaminha as vítimas de violência doméstica, que procuram a Polícia Civil para registrar queixa, ao Setor Psicossocial do Departamento Médico-Legal do IGP.

A proposta vem sendo implementada desde março deste ano na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher da Capital, quando iniciou a pandemia do novo coronavírus, e agora vai ser estendida para a Região Metropolitana.

O atendimento tem sido feito na sede do Departamento Médico Legal do GP, no Palácio da Polícia. Três psicólogos e uma assistente social do IGP atendem as mulheres, de 2ª a 6ª feira, das 8h às 18h. As que desejam, também podem ser atendidas por meio de telefone e videochamada, sendo que essa última modalidade nas outras seis DEAMs será implantada em uma segunda fase do projeto, após a consolidação do serviço presencial.

O encaminhamento é feito sempre que a vítima apresenta dificuldades para relatar a violência ou precisa do apoio de outras instituições envolvidos na rede de proteção. Na conversa, os servidores oferecem suporte psicológico e informam sobre os serviços que podem ser acessados, como abrigos e atendimento em órgãos públicos, como Defensoria Pública do Estado e Ministério Público do Estado).

A coordenadora do projeto pelo IGP, perita médico-legista Angelita Machado Rios, afirma que a proposta é uma ação efetiva para interromper o ciclo de violência que envolve mulheres e crianças. “Além da implementação desse projeto, também estamos dando prioridade para as perícias psíquicas que envolvem esses atendimentos, para que o inquérito possa ser finalizado mais rapidamente”, explicou.


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