Polícia Civil identifica agressor em protesto pró-intervenção militar e abre inquérito

A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar o caso da mulher agredida durante manifestação por uma intervenção do Exército para o fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. O protesto ocorreu no domingo, em frente ao Comando Militar do Sul, na rua dos Andradas, na área central de Porto Alegre. Na manhã desta segunda-feira, o titular da 17ª DP, delegado Cleber dos Santos Lima confirmou que estão identificados tanto o agressor como a vítima, sendo ambos intimados para comparecerem na delegacia.

“A ação penal pública é condicionada à representação. Já tem o registro policial. Estamos trabalhando agora para intimar o agressor ainda nesta segunda feira e ouvir a moça também”, adiantou. “Estamos procurando todos os que participaram para ver se tem mais agressores, mas dependemos da análise das câmeras de vigilância e das redes sociais pata tentar identificar outros e mais vítimas, que essas precisam comparecer na delegacia”, acrescentou.

De acordo com o delegado Cleber dos Santos Lima, o inquérito tem prazo de dez dias e o crime apurado é de lesão corporal. A vítima foi encaminhada para exame de corpo delito. Após repercussão nas redes sociais onde circulou a imagem e nome do agressor que seria enfermeiro, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre informou que o indivíduo está afastado da instituição há mais de uma década. 

“O Hospital de Clínicas de Porto Alegre repudia qualquer forma de agressão. Mantendo seu compromisso com a transparência, em respeito a toda população e em decorrência da situação ocorrida neste domingo (19) o Clínicas informa que o homem que protagonizou cenas de violência contra uma mulher está afastado de suas atividades no hospital há mais de uma década. O HCPA reforça seu compromisso com a vida e com o respeito pleno a todas as pessoas, materializado em suas práticas cotidianas e explicitado em seu código de conduta para atuação de seus colaboradores”, posicionou-se em nota oficial.