Polícia Civil indicia 27 pessoas em caso do golpe do cartão em idosas

Polícia Civil indicia 27 pessoas em caso do golpe do cartão em idosas

Esquema era coordenado por uma dupla de criminosos

Correio do Povo

Houve recolhimento de R$ 8.750,00 em dinheiro nas investigações

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Uma organização criminosa especializada na prática de delitos de estelionato praticados contra vítimas idosas foi alvo da operação Monero. A investigação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, sob comando do delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, foi concluída na manhã desta quarta-feira.

Um total de 27 criminosos foram indiciados no inquérito. Ao longo do trabalho investigativo, os agentes da Draco identificaram um grupo que aplicava golpes envolvendo recolhimento de cartões de vítimas para futuro saque ou transferência de valores de contas para contas de “laranjas”.

No período, os policiais civis comprovaram os delitos e fizeram uma análise criminal da atuação de cada investigado. Houve compartilhamento de informações inclusive com outras delegacias de Porto Alegre, encarregadas de casos semelhantes.

Na fase operacional, os agentes monitoraram um veículo utilizado por um motorista de aplicativo, suspeito de estar recolhendo dinheiro do crime organizado, no Vale do Rio dos Sinos e Região Metropolitana de Porto Alegre.

Em operação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal no dia 11 de setembro do ano passado, o carro foi abordado e encontrado R$ 8.750,00 em dinheiro. A maioria das vítimas eram idosas, sobretudo correntistas do Banrisul e do Banco do Brasil. O esquema era coordenado por uma dupla de criminosos, ambos com vários antecedentes, incluindo estelionato e roubo majorado.

A fraude consistia em selecionar correntistas e realizar telefonemas por meio de mulheres participantes da organização. Elas se passavam por atendentes do sistema de segurança da agência bancária e informavam as vítimas de suposta tentativa de clonagem de cartão, atividade suspeita de cartões de crédito ou movimentações suspeitas na conta bancária.

Realizado o contato, as criminosas convenciam os clientes bancários a entregarem seus cartões de crédito ou de débito para outros cúmplices que se dirigiam às residências das vítimas para coletá-los, inclusive utilizando crachás do respectivo banco.

Com os cartões das vítimas, os golpistas realizavam transferências para contas de “laranjas”, saques e até mesmo compras pela internet ou em lojas físicas. Uma das idosas ludibriadas teve um prejuízo superior a R$ 200 mil.

Os policiais civis apuraram que os “laranjas” recebiam remunerações que variavam entre R$ 300,00 e R$ 500,00. O Poder Judiciário decretou prisões temporárias dos dois principais investigados, sendo que um deles prestou declarações e negou participação nos fatos, enquanto que o segundo está foragido. 


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