Polícia Civil investiga participação de até três assaltantes na morte de senegalês

Polícia Civil investiga participação de até três assaltantes na morte de senegalês

Caso é investigado pela 19ª DP que pretende remontar caminho feito pela vítima quando trabalhava como motorista de aplicativo

Correio do Povo

Laudos do Instituto-Geral de Perícias, inclusive nos dois veículos recolhidos depois, estão sendo aguardados pelos agentes

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A Polícia Civil está refazendo o percurso do senegalês Babacar Niang, 35 anos, antes de ter sido baleado e morto durante assalto ocorrido por volta do meio-dia de domingo passado na estrada Antônio Borges, no bairro Belém Velho, na Zona Sul de Porto Alegre. O latrocínio é investigado pela equipe da 19ª DP. O delegado Daniel de Oliveira Ordahi estima que dois ou três criminosos estariam envolvidos no roubo do Renault Logan conduzido pela vítima quando trabalhava como motorista de aplicativo.

Na fuga, após deixarem o corpo da vítima, o veículo acabou ficando atolado, sendo então abandonado. Um Volkswagen Gol foi roubado na sequência. “Foram dois tiros”, observou o delegado, referindo-se ao número de disparos efetuados contra o senegalês. O calibre da arma usada pelos bandidos ainda não está definido Os laudos do Instituto-Geral de Perícias, inclusive nos dois veículos recolhidos depois, estão sendo aguardados pelos agentes. Os policiais civis procuram imagens de câmeras de monitoramento na região, entre outras diligências.

Já o presidente da Associação dos Senegaleses de Porto Alegre, Mor Ndiaye, ainda não sabe quando o corpo do compatriota regressará para a terra natal. “Talvez na sexta-feira ou sábado”, afirmou. Ele disse que a documentação necessária para o traslado já está quase pronta. O corpo de Babacar Niang foi liberado nesta terça-feira pelo Departamento Médico Legal, no Palácio da Polícia, sendo encaminhado para uma funerária onde permanece aguardando para o traslado.

O irmão da vítima, Ibra Niang, 30 anos, pretende viajar junto e não sabe ainda se regressará ao Brasil depois disso. “Vou pensar o que fazer. Tenho que pensar. Agora fico triste”, desabafou. Ele calculou que o voo deve durar cerca de 12 horas até o Senegal. Ibra Niang e um grupo de senegaleses estiveram na terça-feira no DML aguardando a liberação do corpo. Uma campanha lançada para arrecadar recursos para a viagem completou rapidamente a meta estabelecida graças ao apoio de toda a comunidade senegalesa espalhada pelo país.


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