Polícia Civil prende avô que estuprava neta e queria fazê-la de esposa em Canoas

Polícia Civil prende avô que estuprava neta e queria fazê-la de esposa em Canoas

Crime chocou até mesmo os agentes envolvidos na investigação do crime

Correio do Povo

Pertences da vítima foram examinados em busca de provas

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Um avô que estuprou a própria neta, de 12 anos, além de querer fugir com ela e fazê-la de esposa, foi preso pela Polícia Civil em Canoas. O caso chocou até as equipes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Canoas (DPCA) e da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ªDPRM).

Munidos de um mandado de prisão preventiva, os agentes realizaram a detenção dele entre a noite de quarta e madrugada desta quinta-feira. Conforme os policiais civis, o acusado, de 59 anos, tentou ainda interferir nas investigações. Ele vai responder por pela prática de estupro de vulnerável.

A vítima morava com os avós paternos. Os estupros ocorriam quando a avó da menina se ausentava para o trabalho. Conforme relato da vítima, o avô eliminava qualquer vestígio dos atos sexuais. O acusado expulsou a mulher dele, avó da menina, do quarto do casal e dizia para a vítima que compraria uma casa nova para ter uma vida de casal pois era apaixonado por ela.

No dia em que a vítima contou aos familiares sobre os abusos, segundo depoimento de testemunhas, foram encontrados preservativos, lubrificantes e lenços umedecidos na residência. O material era usado pelo acusado. Houve intensa discussão familiar e ele fugiu do local.

O trabalho investigativo foi então aberto pelo delegado Pablo Rocha, titular da DPCA de Canoas, com o objetivo de apurar o caso e localizar o paradeiro do foragido. Os agentes constataram que o avô inclusive persistia em manter contato com a neta pelo aplicativo WhatsApp. Mesmo com a menina recebendo medida protetiva judicial, ele ofereceu dinheiro e um chip de telefonia celular com crédito para possibilitar a fuga da menina da moradia do pai, marcando inclusive um local combinado em uma cidade do Interior.

O responsável pela 2ª DPRM, delegado Mario Souza, declarou que o caso “demonstra o grau de periculosidade dos criminosos sexuais, habilidosos em manobrar a mente das vítimas, mais ainda quando se tratam de crianças, parentes diretos de seus algozes”.


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