Polícia Civil realiza ação contra quadrilha de roubo de veículos em Porto Alegre, Alvorada e Canoas

Polícia Civil realiza ação contra quadrilha de roubo de veículos em Porto Alegre, Alvorada e Canoas

Operação do Departamento Estadual de Investigações Criminais tem como alvo principal um detento com tornozeleira eletrônica,

Correio do Povo

Houve o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão e outros quatro mandados de prisão

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A Polícia Civil deflagrou ao amanhecer uma operação para desarticular uma quadrilha responsável por diversos roubos de veículos e assaltos a motoristas de aplicativos na Capital e na Região Metropolitana. A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículos (DRV), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), sob comando dos delegados Marco Guns e Rafael Liedtke. Os agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e outros quatro mandados de prisão em Porto Alegre, Alvorada e Canoas. 

Três detenções foram efetuadas. O principal alvo foi um detento, de 20 anos, com tornozeleira eletrônica, que foi preso na ação. Com extensa ficha criminal, ele é suspeito de ter participado em 2016. quando tinha 15 anos de idade, de um roubo a estabelecimento comercial que resultou na morte de duas vítimas, sendo uma delas um policial militar. O apenado possui antecedentes criminais por homicídio doloso tentado, tráfico de drogas, receptação e extorsão.

Segundo as investigações da DRV, o criminoso utilizava perfil falso cadastrado em um aplicativo de transporte de passageiros para solicitar chamadas. Quando o motorista chegava ao local informado, o bandido anunciava o assalto e, sempre com uma arma de fogo, roubava os pertences pessoais e o próprio veículo da vítima, empreendendo fuga imediata.

Conforme os agentes, a quadrilha atuava em duplas na maioria das vezes para roubar os veículos e se aproveitava de um momento de distração das vítimas para agir, sempre mediante grave ameaça. Após o roubo, os automóveis levados tinham seus sinais identificadores adulterados e clonados, como placas automotivas, numeração de vidros, chassi e motor. Os veículos muitas vezes eram utilizados para a prática de novos roubos de veículos ou repassados para outros grupos criminosos envolvidos em assaltos a estabelecimentos comerciais e roubos de cargas.

De acordo com os delegados Rafael Liedtke e Marco Guns, as investigações duraram mais de cinco meses. No período, diversas vítimas de crimes de roubo de veículos reconheceram por fotografia os integrantes da quadrilha. Um dos presos na ação portava inclusive o aparelho celular subtraído de uma das vítimas.

No dia 18 de fevereiro de 2016, o sargento do 11º PPM, José Antônio de Oliveira Garcia, 45 anos, de folga e à paisana, foi baleado e morto durante um assalto em um bar na a venida Protásio Alves, no bairro Bom Jesus. Um cliente do estabelecimento comercial também acabou atingido pelos tiros e teve óbito. O policial militar permaneceu hospitalizado por cerca de 15 dias antes de falecer devido aos graves ferimentos.


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