Polícia Civil realiza operação contra golpe da venda de veículos roubados e clonados na internet
Organização criminosa investigada pela Draco de Canoas movimentou mais de R$ 1 milhão
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A Polícia Civil deflagrou ao amanhecer desta quarta-feira a operação Automarket com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que movimentou mais de R$ 1 milhão com o golpe da venda de veículos roubados e clonados na internet. Os carros eram ofertados como se fossem legítimos e comprados por terceiros de boa-fé por meio de uma plataforma de comércio eletrônico.
A ação, que visou sobretudo a lavagem de dinheiro, foi deflagrada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Canoas, sob comando do delegado Thiago Lacerda. Houve o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária nas cidades de Porto Alegre, Viamão e Alvorada.
O alvo principal foi preso e teve ainda uma detenção em flagrante. Cerca de R$ 500 mil foram sequestrados judicialmente e em torno de R$ 11 mil em dinheiro foram recolhidos.
As investigações começaram após uma venda de automóvel onde uma das vítimas verificou que o carro era clonado. Os golpistas utilizavam de documentos falsificados das vítimas de clonagem para dar aparência de legalidade e inclusive autenticavam os documentos em cartório.
Em uma ocasião, uma das investigadas foi presa em flagrante no cartório de Canoas, tentando autenticar documentos falsificados. A partir das quebras de sigilos bancários, os policiais civis identificaram diversas vítimas e verificaram que os criminosos utilizavam-se de um supermercado para lavagem de dinheiro dos valores auferidos.
O delegado Thiago Lacerda, destacou que "chamou a atenção a quantidade de vítimas identificadas ao longo da investigação, inclusive no estado de Santa Catarina”. Segundo ele, dez prisões de investigados que movimentaram valores foram representadas, mas a Justiça neste primeiro momento só deferiu a ordem judicial para o alvo principal.
O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mario Souza, frisou que “a organização criminosa lesava as vítimas de estelionato que adquiriam os veículos e as vítimas que tinham seus documentos falsificados para dar aparência de legalidade a venda do veículo roubado e clonado”. Ele observou que “antes de uma negociação a pessoa deve conferir toda a legalidade do negócio e não confiar simplesmente na palavra no negociante sem a comprovação prevista documental”.