Polícia enviará ao MP representação contra advogado de Jairinho
Advogado do casal é investigado por coação de testemunhas e obstrução de justiça
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro enviará uma representação para a OAB/RJ (Ordem dos Advogados do Brasil) e para o Ministério Público contra o advogado de Dr. Jairinho e Monique Medeiros, André França Barreto, sob acusação de cometer os crimes de coação de testemunhas e obstrução de Justiça.
De acordo com informações da Record TV, a polícia investiga a defesa da mãe e do padrasto de Henry Borel pelo suposto vazamento de imagens íntimas de uma ex-namorada do vereador investigado. Na foto, a mulher aparece nua e, através de legenda, agradece Jairinho por pagar por um procedimento.
A mulher em questão seria a mãe de uma menina que teria sido agredida por Jairinho quando tinha quatro anos de idade. A divulgação da foto teria sido ordenada pelo vereador após o depoimento da mulher à Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). Para a polícia, o vazamento seria uma tentativa de coagir a testemunha por meio de constrangimento.
A investigação também apura um encontro entre a babá de Henry e a defesa do casal, que aconteceu antes do primeiro depoimento da funcionária. No pedido de habeas corpus, o advogado André França declara que orientou que a babá dissesse apenas a verdade caso fosse indiciada.
Na tarde desta segunda-feira, a babá prestou um segundo depoimento à 16ª DP (Barra da Tijuca). Os agentes procuram esclarecer o que levou a funcionária a mentir na primeira vez que foi ouvida após a morte do menino. Na ocasião, ela sustentou a versão de que a família vivia em harmonia e que nunca havia presenciado agressões por parte de Jairinho.
No entanto, uma troca de mensagens entre a babá e Monique, divulgada pela polícia, mostra que a funcionária tinha conhecimento da violência que o menino sofria pelo padrasto e que alertou a mãe sobre um episódio ocorrido em fevereiro, quando Jairinho teria desferido golpes e chutes contra Henry enquanto Monique não estava em casa.
Jairinho e Monique foram presos na última quinta-feira, sob acusação de atrapalharem as investigações através de combinação de versões e intimidação de testemunhas.
No fim desta tarde de segunda, o pedido de habeas corpus solicitado por André França foi negado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). No documento, o advogado afirmou que a prisão do casal era "ilegal".