Polícia Federal deflagra mais uma operação para acabar com conflito indígena

Polícia Federal deflagra mais uma operação para acabar com conflito indígena

Incidentes e mortes são investigados na Reserva Indígena do Carreteiro, em Água Santa

Correio do Povo

Houve o cumprimento de 77 ordens judiciais em sete cidades

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a operação Guerra e Paz com o objetivo de coibir outro conflito indígena e investigar crimes ocorridos este ano na Reserva Indígena do Carreteiro, situada no município de Água Santa. A ação teve o apoio da Brigada Militar, da Polícia Civil, da Superintendência dos Serviços Penitenciários e do Corpo de Bombeiros Militar. Um helicóptero da Coordenação de Avião Operacional da PF atuou junto.

A ação mobilizou, por exemplo, cerca de 200 policiais federais, 130 policiais militares e 16 policiais civis. Houve o cumprimento de 77 ordens judiciais, sendo 28 mandados de prisão preventiva e de 49 de busca e apreensão em Água Santa, Tapejara, Ibiaçá, Santa Cecília do Sul, Getúlio Vargas, Erebango e Passo Fundo.

A primeira fase, denominada operação Carreteiro, foi deflagrada em setembro do ano passado e visou a prisão de 21 indígenas durante a execução dos 30 mandados de busca e apreensão. Na ocasião foram indiciados 31 indígenas pelos crimes de constituição de milícia privada e de constrangimento ilegal.

A investigação apontou intensos conflitos travados entre grupos rivais na disputa pelo poder no interior da reserva. No final do ano passado, os indígenas presos na primeira fase obtiveram a liberdade e passaram a rearticular forças para tentar retomar o poder na terra indígena.

A partir de janeiro deste ano, os conflitos se intensificaram com inúmeras tentativas de homicídio em confronto entre os grupos rivais, culminando com a morte de um indígena no dia 31 daquele mês por disparo de arma de fogo. Posteriormente, outro indígena foi morto em confronto com a Brigada Militar.

“As prisões e as buscas realizadas com a deflagração da operação Guerra e Paz têm por objetivo fazer cessar a violência, trazendo tranquilidade e paz para a comunidade indígena e para os moradores do município de Água Santa, bem como coletar informações e provas que auxiliem na identificação dos autores e partícipes dos crimes”, informou em nota oficial a Polícia Federal.

“São investigados os crimes de homicídio, constituição de milícia privada, lesões corporais, ameaças, vias de fato, incêndio criminoso, dentre outros”, acrescentou o comunicado.


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