Polícia investiga morte de vigilante de clube onde petista morreu

Polícia investiga morte de vigilante de clube onde petista morreu

Polícia Civil do Paraná averigua se morte tem relação com assassinato de Marcelo Arruda

R7

Guaranho invadiu festa para atirar contra Arruda, que morreu no local

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A Polícia Civil do Paraná investiga a morte de Claudinei Coco Esquarcini, um dos diretores do clube onde o policial penal Jorge Guaranho assassinou o guarda civil e militante petista Marcelo Arruda. De acordo com o boletim da ocorrência, registrado neste domingo (17), o vigilante foi encontrado morto na rodovia BR 207, embaixo de um viaduto, na altura do município de Medianeira, interior do Pará. 

Ainda de acordo com o documento, não há indícios de crime na morte e os agentes buscarão confirmar a hipótese principal: de que o guarda tenha se suicidado. Ele era o responsável pela vigilância das câmeras nos ambientes do clube, o mesmo meio por onde Guaranho soube da festa de Arruda, segundo as investigações.

De acordo com as autoridades, no entanto, não há nenhum indício que o vigilante tenha mostrado as imagens a Guaranho antes do assassinato. "Se no curso do inquérito [da morte do vigilante], que foi instaurado ontem, ficar demonstrado que tem alguma relação com a morte do Marcelo Arruda, daí a gente vê qual providência adota. O sujeito que se matou ele não forneceu imagem para ninguém", afirma o promotor Thiago Lisboa, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em Foz do Iguaçu. 

No dia do assassinato, Guaranho estava em um churrasco com colegas de futebol em outro local, próximo à Aresf (Associação Recreativa e Esportiva da Segurança Física), onde Arruda comemorava uma festa com temática do PT (Partido dos Trabalhadores). Inicialmente, foi dada a versão de que o agente federal, como diretor do local onde o evento era promovido, fazia uma ronda, o que foi refutado.

Segundo os investigadores, uma testemunha que estava no churrasco tinha acesso às câmeras de monitoramento da Aresf. Guaranho viu a imagem, perguntou onde era e, sem mais comentários, saiu do churrasco e seguiu para o local com a mulher e uma criança. Já no aniversário, segundo o depoimento da mulher do agente, ela foi atingida por terra e pediu para ir embora em meio às discussões. Guaranho disse que o casal fora humilhado e, por isso, teria voltado à Aresf.

O guarda municipal e o agente penal não se conheciam, de acordo com Camila. Foram quatro tiros de Guaranho contra a vítima - dois atingiram o guarda. Arruda, por sua vez, fez dez disparos, e quatro deles alvejaram Guaranho. De acordo com a polícia, o agente federal segue hospitalizado, sob sedação. Ele teve a prisão preventiva decretada na segunda-feira.


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