Polícia investiga mortes de cães e gatos em Campo Novo

Polícia investiga mortes de cães e gatos em Campo Novo

Suspeita da Polícia é de que animais tenham sido mortos com uso de estricnina

Agostinho Piovesan

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A mortandade de gatos e cães em Campo Novo, no Noroeste do Estado, está sendo investigada pela Polícia Civil. Nos últimos sete dias morreram 28 animais, sendo seis nesta quinta-feira. Os animais foram encontrados mortos tanto na cidade como na zona rural e o fato está revoltando os a população em geral.

O delegado de Polícia Vilmar Schaefer afimrou que foi aberto inquérito e que existe um suspeito de ter praticado o extermínio. “Estamos dando prioridade para este caso, pois existe a efetiva possibilidade que tenha sido utilizado o pesticida estricnina, que é altamente tóxico e tem sua venda proibida”, disse. Ele citou, ainda, as consequências que podem advir com a utilização do veneno, nas pessoas. “Se for confirmada que a morte é em decorrência do uso de estricnina, nota-se que é um psicopata que está fazendo isso”, afirmou.

Ele explicou que caso se confirme o envenenamento, a pessoa vai ser indiciada por prática de maus tratos, ferir ou mutilar animais, devendo ser aplicada pena de três meses a um ano de detenção, além de multa. A pena pode ser aumentada em um sexto a um terço, no caso de morte de animais.

O secretário do Meio Ambiente de Campo Novo, Leandro Dorneles, informou um laudo pericial sobre a morte de um cahorro está sendo elaborado pelo laboratório da Unijuí, em Ijuí. “O resultado dos exames deve ser conhecido na próxima semana”, afirmou.

A direção da ONG Olhos que Falam, de Campo Novo, disse que a população está indignada com o fato e aguarda o resultado dos exames e do trabalho da Polícia a fim de evitar novas mortes. A presidente da ONG, Tamara Correa Gonzatto, disse que não apenas animais de ruas foram mortos, mas também de estimação, os quais morreram nas próprias casas dos seus donos: “É inadmissível que pessoas façam uma coisa dessas”.


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