Polícia investiga se belga foi dopado antes de ser morto por cônsul

Polícia investiga se belga foi dopado antes de ser morto por cônsul

Polícia encontrou manchas de sangue no apartamento do casal

Agência Brasil

Polícia investiga se belga foi dopado antes de ser morto

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro enviou para análise o sangue do belga Walter Henri Maximilen Biot, de 52 anos, morto na última sexta-feira (5). O principal suspeito do crime é o cônsul da Alemanha no Rio de Janeiro, Uwe Herbert Hann, 60 anos, casado com a vítima. A finalidade é identificar se o belga foi dopado antes de morrer. 

No apartamento do casal, em Ipanema, a polícia e a perícia técnica encontraram manchas de sangue em vários cômodos da casa. Algumas manchas de sangue no chão e no sofá foram lavadas pela secretária do cônsul de Hann. Ela disse à polícia que lavou manchas de sangue no apartamento em que a vítima foi encontrada morta. O material coletado no imóvel foi enviado para o laboratório de análises da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

De acordo com o depoimento prestado à polícia, a brasileira de 50 anos, afirmou que Hahn mandou uma mensagem de texto para ela na madrugada de sábado, dizendo “Walter está morto. Sofreu um infarto”. Pela manhã, a secretária contou que foi ao apartamento em que o chefe mora, e disse que limpou o chão porque o cachorro da casa estava lambendo as manchas

Depoimentos

O irmão do belga Walter Biot e a síndica do prédio onde ele e o cônsul alemão viviam confirmaram à polícia em depoimento hoje à tarde (9) a rotina de brigas do casal. O cônsul da Bélgica e uma tradutora estiveram na delegacia policial do Leblon para acompanhar o depoimento do irmão da vítima, que mora no exterior e falou à polícia por videoconferência.

Ele disse que o irmão vivia um relacionamento abusivo com o cônsul. A síndica também prestou depoimento e confirmou que os vizinhos ouviam brigas do casal constantemente.

Atendimento médico

Com a prisão preventiva decretada pela morte do marido, o cônsul passou mal na manhã de hoje e foi levado da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, para o Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo de Gericinó. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que o diplomata apresentou um mal estar após sofrer um pico de pressão alta e necessitou ser medicado. Após melhora do quadro clínico, Hann retornou à Cadeia Pública.


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