Polícia procura segundo suspeito de participar da morte de menina indígena em Redentora

Polícia procura segundo suspeito de participar da morte de menina indígena em Redentora

Nesse domingo, o primeiro acusado de envolvimento no assassinato foi preso

Correio do Povo

Equipe do Instituto-Geral de Perícias esteve duas vezes no local do crime

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A Polícia Civil está mobilizada agora nas buscas para localizar e prender o segundo suspeito de envolvimento no assassinato da indígena kaingang adolescente Daiane, de 14 anos, ocorrido no muniucípio de Redentora, na região do Alto Uruguai.

Nesse domingo, o primeiro acusado de participação no crime foi capturado em uma ação conjunta da 22ª Delegacia de Polícia Regional de Polícia Civil (22ª DPRI) de Três Passos com a Brigada Militar. Houve o cumprimento de dois mandados de prisão temporária expedidos em Redentora pela Comarca de Coronel Bicaco.

Na manhã desta segunda-feira à reportagem do Correio do Povo, o responsável pelas investigações, delegado Vilmar Alaídes Schaefer, revelou que o indivíduo detido não é indígena. Ele confirmou ainda a procura pelo segundo suspeito, que já é considerado foragido.

Nenhuma hipótese é descartada para o crime, como por exemplo violência sexual ou vingança. O trabalho investigativo apura "as circunstâncias objetivas e subjetivas" na morte da vítima, que pertencia à Reserva Indígena do Guarita.

O corpo dela foi encontrado em uma plantação perto de uma mata aberta na tarde do último dia 4 em Linha Ferraz, na zona rural de Redentora. Nua, a indígena estava com parte do corpo dilacerado. Ela encontrava-se desaparecida desde o dia 31 de julho e havia sido vista pela última vez em uma festa na Vila São João, no interior do município.

Após a descoberta do corpo, o Instituto-Geral de Perícias, através da 6ª Coordenadoria Regional de Perícias de Santo Ângelo, compareceu duas vezes no local do crime. A necrópsia foi realizada no Posto Médico-Legal de Três Passos.

Por sua vez, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) acompanha as investigações da Polícia Civil. “O caso, por envolver uma investigação complexa, está sob sigilo. Por enquanto, o MP está colaborando com a Delegacia de Polícia e aguardando que o inquérito policial seja concluído, para que então se busque a punição da pessoa ou das pessoas envolvidas no fato”, afirmou o promotor de Justiça Miguel Germano Podanoche, encarregado do acompanhamento.

 

 


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