Policia investiga participação de quadrilha do ataque a carro-forte em Caxias em outros crimes

Policia investiga participação de quadrilha do ataque a carro-forte em Caxias em outros crimes

Delegados dizem que trata-se de uma organização criminosa com alto grau de especialização

Correio do Povo

Não é descartada a utilização de metralhadora calibre 50 e fuzil AK47 pela quadrilha

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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, de Porto Alegre, acelera o trabalho de investigação para elucidar o ataque ao carro-forte da Prosegur, ocorrido na noite dessa segunda-feira no km 176 da BR 116, em Vila Cristina, Caxias do Sul. Segundo os delegados Joel Wagner e João Paulo de Abreu, a quadrilha é a mesma que assaltou um carro de transporte de valores, em Vacaria, em 13 de março deste ano.

“É uma organização criminosa com alto grau de especialização. São indivíduos oriundos do sistema prisional e têm experiência, utilizando sempre armamento de grosso calibre e conhecimento em explosivos”, constatou o delegado Joel Wagner.

A polícia analisa nomes de criminosos especializado neste tipo de crime, sejam foragidos, no semiaberto ou em liberdade. Um dos suspeitos de participação é o mesmo que estaria envolvido também em explodir caixas eletrônicos com outro grupo. O criminoso está foragido. 

O ataque

O carro-forte da Prosegur vinha de Nova Petrópolis para Caxias do Sul, quando foi abordado pelos ocupantes de uma Tucson que atiraram contra o blindado. Um Renault Duster e um Toyota Fielder estavam juntos. Os vigilantes revidaram. Os seguranças retornaram na rodovia para a direção de Nova Petrópolis, mas o blindado acabou parando por pane no motor que havia sido atingido. Um novo tiroteio ocorreu com os vigilantes sendo obrigados a recuar e abandonar o veículo. Os bandidos então explodiram o carro-forte. Uma quantia em dinheiro foi levada, mas uma boa parte ficou inutilizada, em razão do dispositivo de espuma, que serve de proteção interna em casos como este.

Dois usuários da rodovia ficaram feridos por balas perdidas. A Brigada Militar e Polícia Rodoviária Federal foram mobilizadas e realizaram buscas na região serrana. Durante a fuga, os criminosos abandonaram e incendiaram a Tucson, que tinha em seu interior uma chapa de aço usada como blindagem e um suporte para o armamento pesado. A mesma estratégia havia sido empregada em Vacaria.

Não é descartada a utilização de metralhadora calibre 50 e fuzil AK47 pela quadrilha. Explosivos que ficaram no local do ataque exigiram a presença do Grupo de Ações Táticas e Especiais (Gate) do 1º Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar.

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