Preso, “capitão gay” alega ter sido vítima de armação

Preso, “capitão gay” alega ter sido vítima de armação

Advogado foi detido no sábado passado, por suspeita de abigeato, em Pelotas

Correio do Povo

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O advogado José Antônio San Juan Cattaneo alegou ter sido vítima de uma “armação” na noite de sábado, ao ser preso, suspeito de abigeato, em Pelotas. Ele passou uma noite no Presídio Regional da cidade e foi liberado na manhã de domingo após pagar fiança de dez salários mínimos. Segundo a Brigada Militar, Cattaneo, conhecido como Capitão Gay, foi abordado em sua caminhonete perto da BR 116. No interior do veículo, os PMs teriam encontrado 360 quilos de carne, facas, munição, uma serra manual e uma arma. A PRF auxiliou a BM na detenção.

“Fui preso como autor de abigeato e porte ilegal de uma arma que não estava comigo. Essa foi apresentada três horas depois na DP por quem me acusa, que é meu desafeto”, disse. Ele afirmou ser vítima de uma armação. “O campo onde ocorreu o abate dos animais é meu. Ele (desafeto) usa as terras da família entre Pelotas e Canguçu para plantar. Ele solta o gado para pastar na terra da região. No caso no meu campo”, destacou o advogado.

Cattaneo disse que o homem, que se diz vítima, é irmão de um peão que presta serviços nas suas plantações de eucalipto. “No sábado, o que me acusa pediu ajuda para transportar as carcaças de dois animais que estavam no campo para levar para a sua casa, pois pretendia dar a carne ao cachorro. Eu fui ajudar e peguei três facas e uma serra manual e coloquei no meu veículo. Ele me guiou até os animais”.

Cattaneo disse que na sua caminhonete tinha munição, uma faca, um par de algemas que ganhou de um amigo, além de cédulas de reais, dólares e pesos uruguaios. “Estava com dinheiro porque tenho campo no Uruguai”, disse Cattaneo. “Quando fui preso não tinha uma gota de sangue em minha roupa ou no meu corpo. Não fiz nenhuma carneação”, garantiu o advogado.

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