Presos gaúchos começam a receber novas tornozeleiras eletrônicas

Presos gaúchos começam a receber novas tornozeleiras eletrônicas

A ação teve início pelos 348 detentos do regime semiaberto da região de Santa Cruz do Sul

Otto Tesche

O início das instalações ocorreu em ato pela manhã em Santa Cruz do Sul

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As novas tornozeleiras eletrônicas do Estado começaram a ser colocadas nesta sexta-feira em 348 presos do regime semiaberto da região de Santa Cruz do Sul. O início das instalações ocorreu em ato pela manhã, na sede da 8ª Delegacia Penitenciária Regional, com o acompanhamento do secretário da Administração Penitenciária, César Faccioli. A administração penitenciária dos 11 municípios dos vales do Rio Pardo e Taquari é a segunda do Estado em número de monitorados e a primeira a substituir os equipamentos. A unidade fica atrás apenas de Porto Alegre, com 1,2 mil detentos monitorados.

O equipamento, que tem abertura e fechamento automático, controlado pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) via computador, promete mais resistência e precisão, e substituirá as antigas tornozeleiras de borracha. Conforme a Susepe, os novos aparelhos possuem tecnologia de última geração, semelhante à utilizada na Suíça, e nunca foi usado no Brasil. Eles possuem carregador acoplado e permanecem com sinal de rastreamento ativo em até 50 metros debaixo da água. Um alarme é acionado quando há tentativa de rompimento. Nem papel-alumínio ou bloqueador de celular consegue bloqueá-lo.

Nos demais municípios de abrangência da 8ª Delegacia Penitenciária Regional (8ª DPR), os agentes trabalham desde essa quinta-feira na substituição dos aparelhos. “Como o contrato que o Estado fez com a nova empresa é de um número muito maior de equipamentos do que o já existente, todos que estão com a atual tornozeleira receberão novas, assim como os que estão aguardando e futuros presos que forem recebendo o direito ao benefício”, detalha a delegada Samantha Longo, titular da 8ª Delegacia Penitenciária Regional.

O contrato com a empresa fabricante, do Espírito Santo, é de R$ 40 milhões e corresponde ao uso de até 10 mil tornozeleiras. A nova tornozeleira é produzida pela Georrastreamento Inteligência e Logística. Segundo a empresa, o equipamento, que pesa até 200 gramas, identifica inclusive se o vigiado está deitado ou em pé, pela posição no GPS. Em relação aos detentos do regime fechado, que custam para o Estado em torno de R$ 4 mil por mês, os presos monitorados por tornozeleira eletrônica são 60 vezes mais baratos. Eles custam  cerca de R$ 66 mensais, se considerado o valor do contrato dividido pelo tempo de vigência.


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