Quadrilha que atacava residências é alvo de operação da Polícia Civil

Quadrilha que atacava residências é alvo de operação da Polícia Civil

Ação, com 31 ordens judiciais, ocorreu em Canoas, Porto Alegre, Cachoeirinha, Viamão e Alvorada

Correio do Povo

A Brigada Militar e a Superintendência dos Serviços Penitenciários também estão mobilizadas

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A Polícia Civil, com participação da Brigada Militar e da Superintendência dos Serviços Penitenciários, deflagrou ao amanhecer desta operação Pentágono com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada à prática de crimes violentos, sobretudo roubos a residência em Porto Alegre e Região Metropolitana. Houve o cumprimento de 31 ordens judiciais, sendo 27 mandados de busca e apreensão e outros quatro mandados de prisão temporária nas cidades de Canoas, Porto Alegre, Cachoeirinha, Viamão e Alvorada. Quatro criminosos foram capturados. Celulares e documentos foram recolhidos.

Cerca de 150 policiais civis e 50 policiais militares, além de agentes penitenciários, foram mobilizados na operação coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Canoas, sob comando do delegado Thiago Lacerda. A equipe tática da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e o helicóptero do Grupamento Aéreo, ambos da Polícia Civil, também atuaram na ação. Entre os mandados judiciais executados estava um mandado de busca e apreensão na cela de um dos investigados, que encontra-se recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc)

As investigações duraram um ano tendo como ponto de partida os roubos cometidos contra residências em Canoas. O trabalho policial começou com uma tentativa de assalto a uma casa no bairro Marechal Rondon, onde as vítimas ingressavam com o veículo na garagem e foram abordados por quatro criminosos. Uma delas acabou baleada e ferida pelos bandidos.

A organização criminosa foi então identificada pelos policiais civis da Draco de Canoas. Um total de 18 indivíduos estavam envolvidos com os delitos. Já o reduto do bando ficava localizado no bairro Mário Quintana, na Capital. Os agentes constataram que a quadrilha também realizava roubos a estabelecimentos comerciais e de veículos, além de receptação de objetos das vítimas bem como a adulteração das numerações dos veículos levados das vítimas.

A equipe do delegado Thiago Lacerda apurou ainda que o grupo criminoso agia em Canoas, Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Viamão e Cachoeirinha, sempre abordando as pessoas no momento em que ingressavam nas moradias. Durante o trabalho investigativo, os policiais civis descobriram inclusive que a quadrilha atacou um motoboy de aplicativo que faria uma entrega de comida e, em seguida, a vítima que receberia o pedido na residência, situada no bairro São José, em Canoas. Os bandidos fizeram uma "limpa".

Segundo o delegado Thiago Lacerda, o roubo a residência é “um crime onde concentramos todos nossos esforços para prender os criminosos". Na avaliação dele, o crime patrimonial é "um dos mais bárbaros onde a intimidade e segurança dos lares das famílias são violados por criminosos geralmente com ações extremamente violentas e traumáticas”.

Já o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mário Souza, disse que “o enfrentamento ao crime organizado é extremamente necessário, pois torna a atividade de invadir residências uma ação empresarial criminosa”. De acordo com ele, o roubo a residência “deve ser fortemente combatido devido à gravidade desse delito, quando os criminosos entram nas casas das pessoas e causam prejuízos materiais e psicológicos”.


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