Quadrilha que atacou banco em Porto Alegre era investigada pela Polícia Civil

Quadrilha que atacou banco em Porto Alegre era investigada pela Polícia Civil

Um dos assaltantes morreu e outros quatro foram presos após cerco da agência bancária na avenida do Forte

Correio do Povo

Suspeitos foram levados para a 1ª Delegacia de Roubos do Deic

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A Polícia Civil acredita que a quadrilha que assaltou a agência do Santander, na avenida do Forte, no bairro Vila Ipiranga, em Porto Alegre, já atuou em outros ataques ocorridos em 2020 e 2021 e que vinham sendo investigados. Um dos assaltantes morreu em confronto na manhã desta quarta-feira com os agentes da 14ª DP e outros quatro foram detidos depois. “Com a prisão deles confirma-se uma série de suspeitas”, afirmou o delegado João Paulo de Abreu, titular da 1ª Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele observou que a dinâmica foi a mesma de outros roubos a bancos.

“Já foram todos identificados e percebe-se uma semelhança com outros casos já atendidos. Temos agora como certa a possibilidade de esclarecimento de outros eventos criminosos como este”, observou. “Eles são de Porto Alegre e da Região Metropolitana”, constatou o delegado João Paulo de Abreu. Todos os presos, de 37, 38, 43 e 48 anos, possuem antecedentes criminais, incluindo roubos, tráfico de drogas, homicídios, porte ilegal de armas e lesão corporal, entre outros. 

“O crime começa com a rendição de funcionários, no início do expediente deles”, explicou. Mais empregados e clientes foram sendo imobilizados ao chegarem no local. Em torno de 15 pessoas ficaram sob controle dos bandidos dentro da agência.

Alertados sobre o roubo em andamento, os agentes da 14ª DP, que fica nas imediações da agência bancária, decidiram impedir a fuga da quadrilha. “Os policiais bravamente desceram cerca de 100 metros para checar a informação que havia chegado para eles, Eles visualizaram um criminoso saindo da agência com refém, uma mulher...“, afirmou. “O criminoso não atendeu a ordem...Houve reação armada..ele caiu ferido e restou morto”, resumiu.

Mais tarde ocorreu a constatação de que a pistola que estava com o bandido morto não passava de uma réplica. A arma de plástico só foi revelada após o exame perinecroscópico. Até mesmo para mim, quando eu cheguei no local, achei que era de verdade", recordou. 

Conforme o delegado João Paulo de Abreu, os outros ladrões mantiveram as vítimas reféns no interior da agência e subiram para o primeiro andar, onde pretendiam escapar do cerco já montado no entorno do prédio com policiais civis e militares. Os criminosos dispararam contra um vidro para acessar o telhado, mas não tiveram êxito. A agência bancária foi então invadida pelos policiais e os criminosos foram presos. “Não esboçaram reação armada”, frisou o titular da 1ª DP de Roubos do Deic. Houve a apreensão de duas pistolas e um revólver, além da réplica.

"Encontramos chaves de veículos automotores. Uma delas levou até um Peugeot, estacionado próximo ao banco. Nesse veículo, objetos relacionados ao crime foram encontrados", revelou o delegado João Paulo de Abreu.

A agência bancária foi isolada para o trabalho do Instituto-Geral de Perícias, que enviou equipes do Departamento de Criminalística e do Departamento Médico Legal.

Foto: Guilherme Almeida / CP

Foto: Guilherme Almeida / CP


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