Quadrilha que desviava e furtava cargas de soja é alvo de operação da Polícia Civil

Quadrilha que desviava e furtava cargas de soja é alvo de operação da Polícia Civil

Em 11 desvios de grãos, os prejuízos das vítimas ficaram acima de R$ 1 milhão

Correio do Povo

Houve o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão e de cinco mandados de prisão preventiva

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O furto de cargas de soja foi alvo da Polícia Civil na manhã desta segunda-feira no Interior do Rio Grande do Sul. A operação NPR foi deflagrada pelos agentes da Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas (DRFC) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Porto Alegre.

A ação ocorreu nas cidades de Guaporé, Nova Araçá, Getúlio Vargas e Iraí, além dos municípios catarinenses de Xaxim e Xanxerê. Houve o cumprimento de oito mandados judiciais de busca e apreensão e de outros cinco mandados de prisão preventiva. Quatro  criminosos foram capturados. Três carretas estão sendo procuradas pela equipe da DRFC. Um caminhão completo, com cavalo e carreta, foi recolhido em Palmeira das Missões.

O objetivo é o de desarticular uma organização criminosa que atuava com desvio de cargas de grãos, especialmente soja, cujos motoristas que faziam o transporte estão também envolvidos. Conforme apurado pelos policiais civis, o grupo é responsável por no mínimo 11 furtos cometidos entre março e setembro deste ano, quase todos no Estado. Outros dois casos, porém, já foram constatados em Santa Catarina e Paraná. Os prejuízos das vítimas passam de R$ 1 milhão. 

Durante a investigação, os agentes da DRFC verificaram que a forma de agir dos criminosos era sempre semelhante. Os motoristas contratados, em geral com nomes falsos, efetuavam os carregamentos de soja e os desviavam durante o percurso. Depois ocorria a troca da nota fiscal original por uma em nome de produtores rurais (NPR), cuja participação no esquema ainda está sendo apurada. Os grãos eram repassados então aos receptadores finais, identificados como cerealistas, igualmente arregimentados pela organização criminosa.

Segundo o delegado Alexandre Luiz Fleck, é possível que a quadrilha vinha agindo em vários pontos do país e, por isso, haverá troca de informações com as outras forças policiais estaduais. O trabalho investigativo terá prosseguimento pela DRFC.

 


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