Quase 70% dos municípios do RS tiveram agências bancárias atacadas em dez anos

Quase 70% dos municípios do RS tiveram agências bancárias atacadas em dez anos

Estudo é do Sindbancários; Barão e Tapes foram as cidades que tiveram mais ataques

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Quase 70% dos municípios do RS tiveram agências bancárias atacadas em dez anos

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 Um levantamento realizado pelo SindBancários mostrou que 68% das cidades gaúchas foram alvo de ataque a bancos na última década. Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 337 tiveram alguma agência atacada. O estudo comprova a mudança de local dos assaltos ou roubos – da Capital em direção a cidades do Interior.

Entre os lugares com mais ocorrências, estão alguns pequenos municípios, como Barão. A cidade de seis mil habitantes, localizada na Serra, registrou sete ataques bancários desde 2009. O último caso ocorreu em julho de 2017, quando uma agência de Maratá, cidade vizinha, também foi alvo de ataque com explosivos.Na sequência, a cidade de Tapes, com 16 mil habitantes, sofreu com assaltos e arrombamentos seis vezes na última década.

O presidente do Sindbancários enfatizou que os ataques estão mais violentos na modalidade “novo cangaço”. “É um novo modus operandi que aterroriza moradores e funcionários das agências. Eles (os bandidos) são inteligentes e analisaram que nas pequenas cidades não há policiamento ostensivo. É um problema de segurança pública”, sustentou Éverton Gimenis.

No período observado pelo levantamento, 2015 teve o maior número de cidades com registro de ocorrência. Foram 103 localidades alvos de assaltantes. Já em 2018, 80 municípios registraram assaltos ou arrombamentos de postos e agências bancárias. A entidade sindical considerou que os parcelamentos de salários dos servidores, incluindo os policiais militares, colaborou para o aumento do problema.

Em recente balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Segurança, a Pasta confirmou o aumento de 20% nos ataques a bancos em 2018. A SSP informou que não se manifesta sobre estudos informais.

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