Réu é condenado a 28 anos por júri no caso Bárbara Penna

Réu é condenado a 28 anos por júri no caso Bárbara Penna

Ministério Público recorreu da sentença pedindo que pena seja aumentada

Correio do Povo

Julgamento do crime teve duração de dois dias no Foro Central de Porto Alegre

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O réu João Guatimozin Moojen Neto, de 28 anos, foi condenado a 28 anos e quatro meses de reclusão em regime inicial fechado. Moojen Neto não poderá recorrer em liberdade. Ele foi inocentado pela morte do vizinho Mário Ênio Pagliarini, 76 anos, sendo condenado pela tentativa de homicídio de sua ex-mulher, Bárbara Penna, e a morte dos filhos de Bárbara, uma menina de 2 anos e um menino de 3 meses. O MP informou, no início da noite desta quarta-feira, que recorreu para aumentar a pena de Moojen Neto.

Antes do início da sessão, presidida pelo juiz Paulo Augusto Oliveira, Bárbara Penna manifestou confiança na Justiça e afirmou que esperava há seis anos por esse dia. O assistente de acusação, advogado Manoel Pedro Silveira Castanheira, explorou as contradições de testemunhas o do réu nos interrogatórios. A defensora pública Tatiana Kosby Boeira também explorou as contradições, pois considerou que o réu não teria discernimento para entender o que estava acontecendo. “As contradições somente reforçam a incapacidade do réu. O interrogatório do delegado com o João foi realizado completamente em afronta aos princípios básicos constitucionais”, afirmou. “Uma série de situações foram conduzidas com as afirmativas do delegado e o João simplesmente consentia. Nós vamos mostrar justamente as dificuldades do João de discernir o que estava acontecendo". Tatiana questionou o fato de a vítima alegar não saber do envolvimento do ex-companheiro com as drogas. “Ele foi internado duas vezes quando vivia com ela. Como ela não sabia que ele era dependente químico?”, questionou.

O crime ocorreu na noite de 7 de novembro de 2013, no apartamento do bloco C de um condomínio residencial na avenida Panamericana, na Capital. Segundo o MP, o réu estava inconformado com o fim do relacionamento e agrediu a vítima e após jogou álcool no corpo de Bárbara e ateou fogo na mulher. A jovem, então com 19 anos, foi atirada por ele pela janela do terceiro andar o imóvel. O fogo alastrou-se pelo apartamento, provocando densa fumaça. Isadora e João Henrique, filhos de Bárbara, morreram no incêndio, dormindo. O vizinho Mário Ênio Pagliarini, 76 anos, tentou socorrer a família, mas morreu nas escadas, sufocado pela fumaça. 


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