Renda do dia irá para projetos antirracismo, diz Carrefour após morte de João Alberto

Renda do dia irá para projetos antirracismo, diz Carrefour após morte de João Alberto

Para empresa, atitude não reduz perda mas é esforço para evitar que se repita

R7

Para empresa, atitude não reduz perda mas é esforço para evitar que se repita

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Após a morte de um homem negro espancado por um segurança e por um policial militar em uma loja da rede em Porto Alegre, o Carrefour Brasil informou ao Estadão/Broadcast que toda a renda das lojas no País nesta sexta-feira será revertida para projetos de combate ao racismo. Segundo a empresa, os recursos serão direcionados de acordo com a orientação de "entidades reconhecidas na área."

"Essa quantia, obviamente, não reduz a perda irreparável de uma vida, mas é um esforço para ajudar a evitar que isso se repita", afirma a empresa por meio de nota. Além disso, de acordo com o Grupo, todas as unidades abrirão duas horas mais tarde neste sábado. Segundo a varejista, o período será utilizado para "reforçar o cumprimento das normas de atuação" exigidas dos funcionários próprios e também das empresas terceirizadas que prestam serviços à companhia.

O Carrefour também reiterou que rompeu o contrato com a empresa que contratava os seguranças envolvidos na morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, ocorrida na quinta-feira, às vésperas do dia da Consciência Negra, celebrado nesta sexta. O Carrefour não revelou o nome da empresa prestadora de serviços.

Como mostrou o Estadão/Broadcast mais cedo, teria havido um desentendimento entre a vítima e os seguranças da unidade. Ele teria feito "gestos agressivos" dentro do supermercado, a segurança teria sido chamada e teria conduzido a vítima para o lado de fora, onde ele foi espancado e morto.

O fato gerou manifestações intensas nas redes sociais, tanto por parte de autoridades e ex-autoridades quanto por parte de influenciadores e empresários. O Carrefour lidera os assuntos mais comentados do Brasil no Twitter por conta do fato.


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