Rio Grande do Sul manda líderes de facções para presídios federais

Rio Grande do Sul manda líderes de facções para presídios federais

Operação iniciou na madrugada e tem previsão de término ao longo da manhã desta segunda-feira

Gabriel Guedes

Viaturas deixaram a Penitenciária Modulada de Charqueadas por volta das 4h15 da madrugada desta segunda-feira

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A integração entre as forças de segurança e poderes das esferas federal e estadual concretizou nesta segunda-feira nova ofensiva para neutralizar a cadeia de comando do crime no Rio Grande do Sul. Sob coordenação do programa RS Seguro, as Secretarias da Segurança Pública (SSP) e da Administração Penitenciária (Seapen) deflagraram a Operação Império da Lei 2, para transferir nove detentos de altíssima periculosidade e com posição de liderança nas principais organizações criminais gaúchas para penitenciárias federais fora do Estado.

Com a participação de 490 agentes e o emprego de 70 viaturas e uma aeronave, a ação dá continuidade à primeira etapa da Império da Lei, que em março enviou 18 líderes de grupos criminosos para estabelecimentos do Sistema Penitenciário Federal (SPF). Entre os nove encaminhados agora, seis já eram alvo da fase anterior, mas haviam tido os pedidos de transferência negados. 

Conforme forte esquema de segurança, montado com agentes de todas as instituições, os detentos foram retirados da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC) e da Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC) em comboio único de viaturas, por volta das 4h, e levados até o Batalhão de Aviação da BM (BAV-BM), no Porto Alegre Airport, na Capital. No local, os presos estavam sendo submetidos a exames de corpo de delito antes de embarcarem em avião da Polícia Federal com destino às penitenciárias federais onde serão mantidos sem nenhum contato com outros presos.

A Império da Lei II teve participação de 15 instituições estaduais e federais. Pelo RS, além da SSP e da Seapen, atuaram Brigada Militar (BM), Polícia Civil (PC), Instituto-Geral de Perícias (IGP), Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Ministério Público e Poder Judiciário. Pela União, além do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), somaram-se esforços da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 


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